A HISTÓRIA DO HOMEM 6: NAPOLEÃO E A ERA VITORIANA

E chegamos ao século XIX, em que duas potências disputam a supremacia: de um lado a França, que depois daquela bagunça toda da revolução, é comandada por um baixinho arretado, Napoleão Bonaparte; de outro, a Inglaterra, a rainha dos mares, e a maior potência industrial.

Comecemos por Napoleão; dizem que era um grande homem, mas não um homem grande, e ficou conhecido por aquela pose com a mão enfiada por dentro do casaco e por outra, é,... deixa pra lá, quando perdeu a guerra! O fato de enfiar a mão por dentro do casaco , uns dizem que era porque tinha dores de estômago, outros que não tinha onde enfiar a mão e, aí, punha onde não devia. O fato é que o bicho era danado e andou invadindo a Espanha, a Itália, colocando irmãos seus no trono e enfrentando a Inglaterra, a Prússia e a Rússia, os únicos em condições de enfrentá-lo em pé de igualdade. Portugal, coitadinho, foi fazer um acordo de comércio com os britânicos para vender seus vinhos do Porto, e, deu nisso: o rei com toda a família se pirou de lá com toda a família, vindo parar no Brasil, mas isso já é outra história.

Napoleão era “meio” megalomaníaco, tanto que arrancou a coroa das mãos do Papa e coroou-se a si mesmo imperador ( lembrem-se de Roma; quando o cara vira imperador, é um passo para endoidar). E foi mais ou menos o que aconteceu: fez a pior besteira da vida dele quando quis invadir a Rússia( outros cometeriam o mesmo erro depois); o maior inimigo estava ali : o terrível inverno pra pinguim nenhum botar defeito, e as tropas francesas, acostumadas ao champanha e escargot, acabaram dizimadas, tanto que, no retorno, apenas cem soldados sobreviventes, do total de 250 mil, haviam regressado! Ele perdeu a cabeça e a coroa, junto com sua Josefine.

Acabou exilado na Ilha de Elba, nome de uma perua de más lembranças, mas fugiu de lá e retomou o império, só que aí, prussianos e ingleses o derrotam definitivamente em Waterloo e, ele acaba naquela posição incômoda, sendo o ídolo de todos os doidinhos com mania de grandeza. Mas...tem um porém: historiadores o apontam como um grande realizador e governante: criou o papel-moeda; agora podemos usar notas riscadas e amassadas e o código francês de Direito, base para a maioria dos países modernos...Só? Me perguntam, mas...pelo menos fez alguma coisa entre as batalhas e destruições; outros não fazem nada e ainda por cima roubam, como muitos que conheço.

E...por fim, chegamos à era Vitoriana, comandada, como não poderia deixar de ser, pela rainha Vitória, na Inglaterra, símbolo de virtude e do império britânico, onde o sol nunca se punha, tais os seus domínios. Mas as coisas não eram tão simples assim: condições de trabalho horríveis; crianças e mulheres trabalhando 14 horas por dia nas tecelagens; aquela poluição toda que chamaram de Fog, cof!cof! Tinha gente que via charme nisso e, os comerciantes, para aproveitarem a oportunidade e vender tecidos, inventaram que a mulher deveria se vestir como um bolo de noiva; como elas conseguiam andar com tudo isso não se sabe e, nem como iam ao banheiro,he,he! É de se imaginar...mas isso entre os ricos, pois para adaptar as portas e janelas a essa moda de Itu, com tudo grande, precisava-se de grana. O povão, ah, esse morava em casas fétidas, imundas, sem higiene e amontoadas, mas, felizmente, tudo isso mudou, não é?

Isso despertou os movimentos revolucionários , que resultariam em teorias para mudar o mundo, algumas estapafúrdias, como a de Proudhon, que pregava que se deveria trabalhar uma hora por dia e passear o resto dele, ideia adotada por todos os políticos de um grande país da América do Sul.