ARACAJU E A CHANA

Lá de cima a candidata gritava:

-O povo de Aracaju quer o quê?

E galera de baixo do palanque respondia:

- Quer Chana!

Com a candidata Maria Rosilene Feitosa (Chana)) não tinha tristeza naquela eleição. Era começar a discursar com seu vocabulário jocoso que a população vibrava de alegria.

O “titio” ali (apontando) está triste. O que é que vai alegrar o “titio”?

- É a CHANA. Dizia o público para gozo do titio que já tinha aposentado o documento sexual.

Chana em Aracaju é uma palavra que significa vagina no linguajar popular. E aproveitando-se dos desbocados, Rosilene aumentou sua popularidade com uma propaganda impecável. Camisas, bonés, cinzeiros, outdoors eram impregnados com nome sugestivo e gostoso da candidata. Teve um dia que, um engraçado do Conjunto Bugio desenhou uma vagina e colocou no muro da sua casa intencionando assim fazer uma propaganda “sui generis” da sua candidata, mas o juiz eleitoral mandou o desaforado arrancar o apelo propagandístico. Outro saiu pedindo voto dentro da igreja em nome da Chana e acabou atrás das grades por atentado ao pudor. Outro ainda, comprou um veiculo de marca Chana e saiu com a candidata desfilando pelos bairros aracajuano.

-De quem é a Chana?

-Nossa! Nossa! Gritava o público cativo e apaixonado pela candidata.

Músicas, poesias, cordéis, sátiras, poemas, poetrixs, contos, romances, quadras e trovas foram construídos para Rosilene Feitosa (PHS) ganhar aquela eleição. De tanto abusarem da chana, no dia “D” a chana murchou e com menos de 600 votos a Rosilene com sua chana não desabrochou para desprazer dos donzelos eleitores.

Reri Barretto
Enviado por Reri Barretto em 06/01/2014
Código do texto: T4638242
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.