ARACAJU E A CHANA
Lá de cima a candidata gritava:
-O povo de Aracaju quer o quê?
E galera de baixo do palanque respondia:
- Quer Chana!
Com a candidata Maria Rosilene Feitosa (Chana)) não tinha tristeza naquela eleição. Era começar a discursar com seu vocabulário jocoso que a população vibrava de alegria.
O “titio” ali (apontando) está triste. O que é que vai alegrar o “titio”?
- É a CHANA. Dizia o público para gozo do titio que já tinha aposentado o documento sexual.
Chana em Aracaju é uma palavra que significa vagina no linguajar popular. E aproveitando-se dos desbocados, Rosilene aumentou sua popularidade com uma propaganda impecável. Camisas, bonés, cinzeiros, outdoors eram impregnados com nome sugestivo e gostoso da candidata. Teve um dia que, um engraçado do Conjunto Bugio desenhou uma vagina e colocou no muro da sua casa intencionando assim fazer uma propaganda “sui generis” da sua candidata, mas o juiz eleitoral mandou o desaforado arrancar o apelo propagandístico. Outro saiu pedindo voto dentro da igreja em nome da Chana e acabou atrás das grades por atentado ao pudor. Outro ainda, comprou um veiculo de marca Chana e saiu com a candidata desfilando pelos bairros aracajuano.
-De quem é a Chana?
-Nossa! Nossa! Gritava o público cativo e apaixonado pela candidata.
Músicas, poesias, cordéis, sátiras, poemas, poetrixs, contos, romances, quadras e trovas foram construídos para Rosilene Feitosa (PHS) ganhar aquela eleição. De tanto abusarem da chana, no dia “D” a chana murchou e com menos de 600 votos a Rosilene com sua chana não desabrochou para desprazer dos donzelos eleitores.