A DIARREIA DO CANDIDATO A PREFEITO DA BARRA DOS COQUEIROS(SE)
Naquela noite enluarada as pessoas se acotovelavam para ouvir na Praça Santa Luzia da cidade da Barra dos Coqueiros (SE), o candidato a reeleição de prefeito da urbe citada. Nos bares de Sampaio, Mário e nas barracas improvisadas bêbados disputavam os diminutos espaços para tragarem suas tradicionais pingas.
Com uma bandinha de frevo tocando a tradicional musica “Cidade Maravilhosa” acompanhada de sensuais e belas bailarinas, o candidato ao poder municipal da Barra dos Coqueiros, entrou triunfante na Praça Santa Luzia e para o palanque foi logo se dirigindo.
-Já Ganhou! Já ganhou! Gritava loucamente a torcida organizada do aspirante com direito a short, camisa, boné, apito e até cueca e calcinha de bolinha com as cores do partido.
Para esquentar o ambiente, o candidato difamou todos seus adversários aplicando-lhes adjetivos pejorativos de todas as espécies.
- Ladrões, marreteiros, safados. Berrava a torcida organizada compostas baba-ovos, pelegos salafrários e pessoas que davam até a vida para mamar nas tetas da “viúva”.
Depois de chacoalhar com os adversários, o nosso comentado passou a explanar suas propostas de governo.
-Quando fui prefeito da cidade executei as melhores obras da Barra dos Coqueiros. Para continuar com as boas obras vou permanecer com meu secretariado anterior...
-Nepotista! Nepotista! Gritava a torcida oposicionista com a continuação do secretariado que era composto por parentes e agregados do candidato
-Eu não vou trabalhar com pessoas inimigas.
Ao notar a placa da Associação dos Canoeiros da cidade, o esperto candidato tratou de elogiar aqueles trabalhadores sofridos.
-Vou construir uma sede própria, o Museu dos Canoeiros e vou criar também uma bolsa- canoeiro para meus amigos que estão passando por uma grande crise financeira.
Olhando para os músicos da bandinha ele taca.
- Vou fazer dessa Ilha uma cidade que se notabilizará pelos festivais trazendo o “Cocofolia”, “Canta Barra” e outros festivais que outrora orgulhava os barracoqueirenses. Criarei escola de musica, filarmônica e incentivarei os artistas da Terra que ultimamente estão esquecidos.
- Já ganhou! Já ganhou!
-Vou construir casas populares para tirar meu povo sofrido das invasões, principalmente essa gente da Invasão do Canal. Vou construir estradas periféricas para beneficiar a mobilização urbana da nossa cidade. No setor da agricultura criarei um cinturão verde para baratear as verduras e as frutas e consequentemente acabar com a fome do meu povo sofrido.
- Já ganhou! Já ganhou!
-Educação, Saúde e Segurança serão prioridades no meu governo. Farei da cidade da Barra dos Coqueiros uma cidade de QUALIDADE DE VIDA.
Nesse instante o pleiteante faz uma cara feia, olha para os músicos e diz.
-Manda música maestro que não estou passando bem. O maestro manda uma marcha, um frevo e a tradicional música do candidato que continua suando frio e com dor de barriga desgraçada.
-O nosso futuro prefeito não vai continuar o comício porque foi acometido neste instante por uma violenta diarreia. Risos e vaias se misturaram e a reação da torcida adversária deixou o povo perplexo.
-Deixa o manhoso se “melar” em cima do palanque! Gritava a torcida adversária rindo da situação em que se encontrava o pleiteante ao cargo de prefeito.
-Não posso deixar. Gente, é uma questão humanitária. O homem está se contorcendo em dores aqui ao meu lado.
Deixa esse manhoso defecar nas calças. Gritava a torcida contrária que naquela hora já era a maioria em virtude do momento atrapalhado que vivia o candidato.
-Por quê? Indagava o locutor que, naquele momento pedia por piedade.
-Deixe esse manhoso cagar nas calças.
Por quê?
-Esse manhoso passou quatro anos fazendo CAGADA na sua administração. Porque não pode passar meia hora cagando nas calças para gente ver.
-CAGA!!!