Lembranças

As vezes fico lembrando de coisas que me aconteceram, coisas que até eu mesmo não acredito ter passado e ainda estar aqui a contar pra vocês.

Moro no 18° andar, como sempre levanto-me as 6.0 horas para ir trabalhar, só que nesse dia o despertador não tocou, acordei as 7.30 horas, ao descer da cama enrosquei meu pé no tapete e cai batendo a cabeça na cabeceira da cama, mesmo assim corri para o meu banho matinal, não tinha uma gota de água, tudo bem, me vesti as pressas e corri para o elevador que estava parado por falta de energia elétrica, desci pela escadaria os 18 andares e mais dois pisos da garagem.

Ufa, afinal consegui chegar, olhei o meu carro com o pneu traseiro totalmente murcho, nunca diga que a coisa está ruim e que não possa piorar mais um pouquinho, pode sim, o macaco para levantar o carro e trocar o pneu, não estava funcionando.

Corri para a rua e depois de muita briga consegui arrumar um táxi, o transito estava uma graça, tudo parado, mesmo assim consegui chegar, embora meio atrasado, dei uma nota de cinquenta para o motorista do táxi que não tinha troco e ficou com a nota inteira, meu chefe já estava sabendo que eu tinha chegado atrasado pois a radio peão já o tinha avisado.

Após uma calorosa discussão, fui despedido, apanhei outro táxi e voltei para casa, aleluia o motorista tinha troco para outra nota de cinquenta, mas... tive que subir 18 andares pela escada, mais morto do que vivo consegui chegar ao meu apto, fui direto para a cama, queria esticar meu corpo na minha cama, mais ela estava ocupada pois minha mulher não me esperava aquela hora e estava se divertindo com o vizinho do apto de baixo.

Desci novamente a escadaria, com um pensamento firme de abreviar os meus dias dando um termo final a minha vida. Procurei por uma loja que vendesse veneno, achei, comprei e entrei aqui para tomar o que resolverá o meu problema.

Pedi uma cerveja, misturei o veneno e sentei-me aqui nesse cantinho em uma mesa que me da total domínio sobre todos, agora vocês não vão acreditar, estava rezando entregando minha alma a Deus e pedindo perdão pelos meu pecados, quando chega um armário negro daqueles com dois metros de altura por um de largura, e parece que se incomodou com as minhas palavras e gritou comigo,

QUE FOI O BRANQUELO, QUAL É O SEU PROBLEMA, ESTÁ FALANDO COMIGO ?, pegando e tomando o meu veneno.

Porra que dia de merda, nem eu mesmo acredito.

Arialdooliveira
Enviado por Arialdooliveira em 08/12/2013
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