A HISTÓRIA DO HOMEM 5
E chegamos ao século das luzes, que , ao invés de te cobrar uma conta, trouxe uma série de filósofos iluministas, se bem que lanterna, como Voltaire, Diderot, Danton, Marat (não fique tomando banho com a porta aberta, pois vai saber se uma baixinha não vai aparecer com um punhal ,he,he).
Os enciclopedistas, como eram chamados, não ficavam de porta em porta batendo e vendendo enciclopédias, mas criaram a filosofia da razão ( me engana que eu gosto), mesmo continuando as guerras e com monarcas que eram déspotas, se bem que esclarecidos, o que é menos pior.
Aí chegamos à corte de Luis XVI e Maria Antonieta, a famosa por seus brioches ( seu pai deveria ter uma padaria!) . Aquela frescura toda, bem francesa, e o povão passando fome. Estão à mesa, aí chega o maitre. “O que temos para comer?”-pergunta o rei com aquela empáfia e frescura.
“Asa de borrbolette (demoiselle) à milaneisse.”- Não dá; o negócio ia explodir, ou cair, como a famosa bastilha, mas , ao contrário do que pensam, não foi porque era a prisão do rei, mas sim porque, imaginem os parisienses passarem e verem aquele prédio horroroso na paisagem, perturbando a visão dos Champs Elises; resultado: não sobrou pedra sobre pedra .Aí vem a famosa história dos Sans Cullots; além de serem do povo e não poderem usar os modelitos reais, eram obrigados a usar aquelas horrorosas calças listradas; tinha que ter revolta.
Outra injustiçada é Maria Antonieta; dizem que era alienada, ao dizer: “o povo não tem pão? Comam brioches” Na verdade, não estava ironizando, mas apenas constatando um fato: a falta de qualidade do pão francês nas padarias do século XVIII, o que revela uma consciência rara pro seu tempo, mas por isso perdeu a cabeça (literalmente). Por falar nisso, quem teve uma ideia de jerico, foi o tal Gulhottin ,que, como o nome diz, inventou a guilhotina, e teve o privilégio de testar sua invenção nele mesmo, é o que dizem. Aí chega Robespierre, com o Terror, que , pra francês, não era a violência, mas o fato de haver aqueles “ revolucionários horrorosos, com aqueles barretes sem classe e que nem tinham estilistas para melhorarem suas roupas”.
Mas enquanto a França está nessa bagunça toda, na Inglaterra temos outra revolução, mas à Inglesa: A revolução Industrial. Vemos em frente ao parlamento inglês, aqueles homens sérios, de fraque, cartola e gravata, segurando faixas: “os industriais, unidos, jamais serão vencidos”. E, como eles já tiveram um rei chamado “João Sem Terra”, foi fácil aceitar aquilo. Até então, você pegava sua vaquinha e pastava tranquilamente pelas terras bretãs; a partir daí, tudo foi cercado por arame farpado e surgiram lindas fábricas, com seu lindo Fog inglês e, assim caminha a humanidade.