Brasil - A Revolta dos Alfaiates ( 7 )
A capital baiana fervilhava de queixas contra o governo, cuja política elevava os preços de mercadorias essenciais como redes, cadeiras de fio, e espreguiçadeiras.
Os baianos tiveram preguiça de se revoltar, mas após o exemplo mineiro, resolveram contratar um grupo de iluministas para resolver o problema.
Os escravos baianos não tinham força de vontade de trabalhar, mas seus senhores tinham preguiça de assinar suas alforrias.
Surgiu então o "nojento" Cipriano Barata que ao lado de um grupo de maçons da loja cavaleiros da luz.
Cipriano contou com a ajuda do soldado Luiz Gonzaga das Virgens, que era um "pegador" conhecido.
Liberdade para os escravos, diminuição dos impostos, aumento salarial, inclusão do vatapá na cesta básica e inclusão de aulas de axé e candomblé nas redes de ensino eram as exigências.
Tudo ia bem até que uns cearenses arretados se precipitaram e distribuíram panfletos nas portas das igrejas com palavras de ordem e insultos a língua portuguesa, como o termo baiense ao se referir aos baianos.
Um general do governo disse:
" Se os baianos levantaram cedo para entregar panfleto, então a coisa ficou séria..."
Resultado final: cabeças decapitadas e distribuídas por toda a Bahia para servir de exemplo.
O único condenado a morte que escapou e nunca foi encontrado foi o ourives Luís Pires.
Dizem os historiadores, morava ao lado da delegacia, mas tiveram preguiça de ir prende-lo.