"SANTADAS"

Existe alguém que ainda não fez burrada na vida? Se não fez é porque não viveu. Vou contar algumas que fiz e resolvi chamá-las de SANTADAS.

TROCANDO A TORNEIRA

Antes do meu casamento eu comprei uma casa e todos os fins de semana a gente fazia algum “servicinho”, como tapar buracos de pregos, lixar e preparar para a pintura. Mas um dia eu saí dessa rotina e fui trocar uma torneira da pia da cozinha, simples, apenas desparafusar e colocar a torneira nova. Mãos à obra. Peguei a chave de grifo e com a maior “boa vontade” iniciei o trabalho. Estava bem em frente à torneira e de repente um jato de água me acerta em cheio. Tinha me esquecido de fechar o registro e, até encontrá-lo, a cozinha ficou inundada. Foi só risos para quem assistia. Que “santada” de ficar para a história!

RESISTÊNCIA DO CHUVEIRO

O chuveiro de serviço estava com a resistência queimada. Colocar uma resistência boa não era coisa para QI de Einstein. O banheiro era estreito e longo (ainda bem). Coloquei a escada (de metal) bem posicionada abaixo do chuveiro, soltei a coroa e meti a chave de fenda no parafuso da resistência queimada. Tomei um choque de 220 volts que me jogou de costas contra a parede. Sorte minha que a distância não era grande e eu nem caí da escada. Eu não tinha desligado a chave geral. Com isso aprendi que quando se vai fazer serviços hidráulicos e elétricos todos os registros devem ser fechados e desligados. O mal é que a gente aprende correndo riscos que podem ser danosos.

EXTENSÃO COM DOIS MACHOS

Esse acontecimento não foi “santada”, mas resolvi colocá-lo nesta crônica porque serve de alerta para marinheiros de primeira viagem. Eu fui fazer uma auditoria numa empresa no nordeste (o nome fica em sigilo) e quando auditor chega, cabelos ficam arrepiados. O local escolhido para o trabalho foi a sala de reuniões e a máquina de somar para ser usada precisava de uma extensão elétrica. Solicitaram ao departamento de manutenção que providenciasse a dita extensão que logo chegou. Eu coloquei o macho na tomada e pegando na outra ponta para ligá-la à máquina, levei um tremendo choque de 220 volts na mão que me chamuscou e uma dor terrível subiu pelo ossos do antebraço. Claro que gritei e o gerente foi o primeiro a chegar à sala para saber do que se tratava. Mostrei a ele e imediatamente o funcionário da manutenção foi demitido por justa causa por incompetência. Pairava uma dúvida. Aquela extensão já estava pronta para pegar colegas ou foi propositalmente preparada para o auditor? O ato não ficou só na admissão por justa causa, foi feito um Boletim de Ocorrência, caso o funcionário recorresse na Justiça do Trabalho. Brincadeira que poderia levar uma pessoa à morte. Nunca fiquei sabendo o que aconteceu depois da despedida por justa causa, mas a notícia correu e os mais sádicos diziam. “Se vingaram do auditor”. Quem? A auditoria era no setor contábil/administrativo e o meu relacionamento era dos melhores possíveis. Por isso e muitos outros acontecimentos na minha carreira de auditor, eu sempre falei que auditor e juiz de futebol precisam ter duas mães: A Santa e a mãe de campo.

Recomendo aos amigos do RL a lerem outras “santadas” na crônica. AO INVÉS DE MEDALHAS... ORELHAS pg. 1 (clicar em mais lidos).

SANTO BRONZATO EM 06/11/2013.

SANTO BRONZATO
Enviado por SANTO BRONZATO em 06/11/2013
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