CORONEL BARRETO MOTA E SEUS FAMOSOS BILHETES

Ao assumir o cargo de Comandante da Polícia Militar do Estado de Sergipe, o coronel Barreto Mota foi entrevistado pelo polêmico radialista Silva Lima que lhe aplicou a seguinte pergunta:

-Quando o senhor pretende tirar de circulação os marginais do Estado de Sergipe?

-Ontem!-respondeu e cumpriu fielmente a questão da segurança de Sergipe na sua gestão.

O trabalho do coronel repercutiu de maneira elogiosa que ao galgar o posto de governador de Sergipe, doutor João Alves convidou Barreto Mota para assumir o cargo de superintendente da Policia Civil e ao saber que o rígido militar estaria no comando, os malandros fugiram do Estado de Sergipe.

Certo dia, ao ser convocado pelos deputados a comparecer na Assembleia Legislativa de Sergipe, para esclarecer sobre seu modo peculiar de combater a marginalidade, o coronel Barreto Mota municiou-se de uma pasta 007 contendo centenas de “bilhetinhos” e lá se apresentou.

-Barreto Mota, eu queria saber sobre as mortes misteriosas de pessoas boas que está acontecendo no Estado de Sergipe? Indagou um parlamentar metido a defensor dos direitos humanos.

- Essa gente boa que o nobre deputado está se referindo é aquele que matou fulano de tal e eu fiz a prisão, mas tive de soltá-lo imediatamente por causa do pedido de soltura de Vossa Excelência (metendo a mão dentro da pasta 007, tira um bilhetinho) e balança:

Aqui está o bilhete que o senhor me pediu para soltá-lo. Aqui está outro bilhete desse deputado que está ao seu lado pedindo para eu liberar a furna da cidade de Propriá. Aqui está mais outro bilhete desse deputado que está sentado na sua frente que mandou eu liberar aquele cabaré frequentado por vocês na Praia de Atalaia...

Depois da brilhante exposição dos famosos bilhetes, os deputados sergipanos acharam por bem silenciar e deixar Barreto Mota cuidar da malandragem sergipana do seu modo peculiar de “acariciá-los”.

Reri Barretto
Enviado por Reri Barretto em 21/09/2013
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