QUANDO O PRIVILÉGIO É UM SACRILÉGIO
QUANDO O PRIVILÉGIO É UM SACRILÉGIO
Este texto traz no seu âmago um quê de subterfúgio (não um ardil para conseguir benesses) riam se quiserem.
A bem da verdade, não se sabe se a verdade pode ser contestada, mas há males que nos fodem; e os RÉGIOS dizem que é para o nosso bem; e ainda com o ardor deste referido mal, temos que sorrir por que é da nossa índole o fazer para agradar os também referidos RÉGIOS, que são o supra sumo do TÉDIO.
Ái daqueles que cometam o SACRILÉGIO de serem contra os RÉGIOS!
Vamos ao glossário para definir nossas palavras chaves:
PRIVILÉGIO = direito, vantagem, prerrogativa, válidos apenas para um indivíduo ou um grupo, “em detrimento da maioria”; apanágio, regalia. Ou situação de superioridade, amparada ou não por lei ou costumes, “decorrente da distribuição desigual” do poder político e/ou econômico.
RÉGIO = que pertence ou diz respeito ao rei; que “emana do rei”. Que tem suntuosidade; majestoso.
SACRILÉGIO = atentado contra o que é especialmente digno de respeito ou de admiração; “ação digna de reprovação”.
TÉDIO = “sensação de aborrecimento” ou cansaço, causada por algo árido, obtuso ou estúpido. Ou sensação de desgosto, ou vazio, “sem causas objetivas claras”.
Consideremos apenas uma ida ao banheiro; simplesmente para tirar água do joelho.
Uma ação leva a outra, em cadeia, senão vejamos.
Bexiga vazia (PRIVILÉGIO). Balança-se o pequeno companheiro para livrar a cueca de alguns possíveis pingos de mijo (SACRILÁGIO). Aproveita-se a oportunidade, dá-se uma olhada nele, coisa que há muito tempo não acontecia (PRIVILÉGIO). Na verdade não se o aprecia mais em razão de que a barriga (SACRILÉGIO), a inimiga comum, não deixa; está sempre na frente, ou melhor, entre ele e os olhos do observador (SACRILÉGIO). Mas naquele momento, faz-se um esforço mútuo e vencem-na (PRIVILÉGIO). O observador de sua parte murcha-a ao limite (PRIVILÉGIO), tanto prende a bicha lá no fundo que quase dá vertigem (SACRILÁGIO), e ele “o pequeno companheiro”, por sua vez, parece que levanta a cabeça (PRIVILÉGIO). Sorri-se amarelo para ele, que se retribui não se percebe (PRIVILÉGIO?), pois foi tudo muito rápido, em milésimos de segundo, nem se despedem (SACRILÉGIO).
O pequeno companheiro ficou “GRATIFICADO” com o PRIVILÉGIO, dado pelo RÉGIO; e este cometeu SACRILÉGIO ao nem se despedir.
Será “GRATIFICANTE” para aqueles que entenderem, aos outros resta o TÉDIO.