Poema Saramandês
O aconchegamento bulinatório das palavras no purgatório,
causa uma admirância na sua significância.
Não adianta o apressamento para tirar a letra do enforcamento.
Aindamente, a intenção sempre é vista conscientemente.
Mas, o amolativo não tem noção do seu querer incomodativo,
fica no seu avistamento comprometido com seu assuntamento,
causando uma bacafuzada na inteligência alfabetizada.
Quanta bobice! Quanta asnice!
Quem é o decisório da verdade neste conservatório?
Eita que palavra mais desaforenta, vinda da conveniência de quem a fomenta!
Seria uma desagradada subornativa da sua incomodação passiva?
Agora fiquei desapetrechada de sinônimos e antônimos de fachada.
Até o desengordar dos meus versos ficaram sem saber o que pensar.
Sinto um desmemoriamento e desmemoriento o pensamento do vocabulário que me oriento.
Não adianta desmudar, não adianta querer o antesmente, o meu olhar já passou para a mente,
estimulando um desperdiçamento presenciado com este esbanjamento.
Não que seja um desrespeitamento, mas outros olhares podem ver um afrontamento,
E desejar desnamorar das palavras, ficar na solteirice sem olhar o que é tolice.
Deverasmente eu lho digo profundamente:
- Emergenciamento é o tempo que se gasta neste digestivamento,
e não é o que nós, encachacistas, engolimos com as palavras piadistas,
porque ainda somos esmolecentes, viemos de heranças remanescentes.
Não temos o dom da espionice, não somos traiçoentos, Deus apenas quis que a gente risse dos seus inventos.
O resto é falastrice politiquês de quem não tem escrupulice da língua saramandês.
Quanta ingratitude das criaturas desagradecidas! Desatitudes de mentes desesclarecidas...
Por outro lado, a admirância de cada palavra é mesmamente para quem faz a observância, um adivinhamento.
O que vem depois é mexericância, bisbilhotice da ingnorância do dicionário da idiotice.
Somos merecedentes, temos dignitude para receber estes poementes, igual dádiva da criativitude.
Não, isto não é pecadismo, nem sem-vergonhice, é apenas um heresismo safado e disfarçado de tontice.
Prafentemente, eu explico a significância de toda esta tontagem bulinatória das palavras publicamente.
Só desejo que lembre, o que eu lho disse pratrasmente sobre o digestivamento.
Tenha certeza que os providenciamentos das idéias no estômago são iguais aos ressuscitamentos compulsórios,
não apenas um desmorrimento das palavras, mas o desengolimento do que estava no gargantório entalativo.
A safadice fica segundamente no lugar do vingancismo da palavra corcundista e depois primeiramente do escrevente inconformista.
Treschapado? Ô coitado!
Não fique com este preocupamento, tome um laxantório, o digestivamento acaba no latrinatório!