Brinquedos assassinos.....
Quem já tem filhos, sabe :
Shit happens!
Acontecimentos realmente memoráveis, acidentes de tamanhos variados, um amplo leque de possibilidades de enlouquecer os pais....
Eu mesma tenho uma lista de eventos inesquecíveis a meu dispor.
Para vocês terem uma ideia sobre o que estou a falar, tenho aqui um bom exemplo de eventualidade, que vou intitular de :
O trenzinho...
Nosso filho, de 2 anos e meio, estava sentado no meio da sala, curtindo um novo brinquedo que tinha acabado de ganhar do pai.
Um pequeno trem colorido, de rodas dentadas, à pilha, acompanhado por trilhos que criavam um círculo.
O pai montou os trilhos, pôs as pilhas no trenzinho e apertou um pequeno interruptor na lateral da locomotiva.
- brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr....roncava o motorzinho contente....
O filho, todo vestido, começou a se sentir restringido pelas roupas e no calor da empolgação, ficou primeiro sem camisa e depois sem calça.
- Não tire a cuequinha não, viu filho?? O chão tá frio!
Depois desse aviso, ele logicamente teve que ficar nu!
O trem rodava sem parar nos trilhos, dando voltas infinitas....ficou sem graça...
- será que funcionaria na sala toda?
Não, o trenzinho não rodava bem no chão liso....
- E no meu corpo? Será que anda?
Claro que sim! O trenzinho andava se desse uma ajudinha !
Pequenas mãos empurrando a locomotiva, passando pelos braços,
pelo peito,
descendo em direção as pernas ate o pé,
passando para a outra perna, subindo de novo até....
...o grito!
Depois de alguns anos criando filhos, o ouvido de mãe e pai sabem distinguir os mais diversos tipos de grito. O grito da brincadeira, da raiva, da alegria e também o da dor verdadeira.
Esse é inconfundível!
Todos os membros da família correram para sala.
O pai o primeiro a chegar.
Primeiras tentativas infrutíferas de aliviar a situação...
O menino não gritava mais, berrava!
As rodas dentadas do trenzinho tinham se enroscado na parte mais sensível e infelizmente descoberta do corpo.
As mãos trêmulas do pai nem conseguiam apertar o interruptor da locomotiva....o zumbido do motorzinho continuava....
"brrrrrrrrrrrrrrrrrr...."
Chegou a hora de ação da "Supermãe"!
Essa figura é o alter ego da mãe "normal", que entra em ação somente em situações nas quais todos os demais familiares se desesperam....um dispositivo dado pela natureza.
Afastando o pai "delicadamente" com um empurrão.... procurou e achou o botãozinho de desligamento desse brinquedo do inferno e durante um instante os berros cessaram, porque as rodinhas pararam de remoer.
Enquanto o pai acalentava e segurava o pequeno touro indomável, a "Supermãe" tentava desesperadamente soltar o que precisava ser liberado.
A cada movimento, um grito de desespero.
A face do filho roxo e molhado de suor e lágrimas....
A face do pai lívida.
- Vou tentar só mais uma vez! Se não conseguir, vamos ao hospital!
Ignorando o sofrimento e forçando mais uma última vez a peça emperrada...conseguiu!
Suspiros de alívio de todos os envolvidos.
O pai pegou o brinquedo, pisou nele até quebra-lo em pedacinhos e jogou na lata de lixo...um lugar mais que merecido.
Na verificação dos danos, mais um suspiro aliviado...apesar do local estar inchado e roxo, não havia sangramento.
Maiores intervenções por parte de um pediatra foram desnecessárias.
Teve sorte no azar.
*******************
Aos pais de primeira viagem uma coisa tem que ser avisada :
Não existe brinquedo "inocente" na primeira infância!
Alguns na verdade, parecem até ter saído diretamente do inferno para atormentar os pais ou os filhos... (como massinha de modelar e pintura a dedo...sobre as quais tenho muitas histórias "divertidas" a contar!)
Minha filha bem pequena certa vez acertou meu olho com o chocalho feito ( de maneira pedagogicamente correta) de madeira!
Claro que não dá para deixar as crianças sem brinquedo, mas é importante lembrar, que muitas vezes os mesmos não são usadas da forma indicada na embalagem ou como se mostra nas propagandas da TV.
Convêm ficar de olho sempre.....
Quem já tem filhos, sabe :
Shit happens!
Acontecimentos realmente memoráveis, acidentes de tamanhos variados, um amplo leque de possibilidades de enlouquecer os pais....
Eu mesma tenho uma lista de eventos inesquecíveis a meu dispor.
Para vocês terem uma ideia sobre o que estou a falar, tenho aqui um bom exemplo de eventualidade, que vou intitular de :
O trenzinho...
Nosso filho, de 2 anos e meio, estava sentado no meio da sala, curtindo um novo brinquedo que tinha acabado de ganhar do pai.
Um pequeno trem colorido, de rodas dentadas, à pilha, acompanhado por trilhos que criavam um círculo.
O pai montou os trilhos, pôs as pilhas no trenzinho e apertou um pequeno interruptor na lateral da locomotiva.
- brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr....roncava o motorzinho contente....
O filho, todo vestido, começou a se sentir restringido pelas roupas e no calor da empolgação, ficou primeiro sem camisa e depois sem calça.
- Não tire a cuequinha não, viu filho?? O chão tá frio!
Depois desse aviso, ele logicamente teve que ficar nu!
O trem rodava sem parar nos trilhos, dando voltas infinitas....ficou sem graça...
- será que funcionaria na sala toda?
Não, o trenzinho não rodava bem no chão liso....
- E no meu corpo? Será que anda?
Claro que sim! O trenzinho andava se desse uma ajudinha !
Pequenas mãos empurrando a locomotiva, passando pelos braços,
pelo peito,
descendo em direção as pernas ate o pé,
passando para a outra perna, subindo de novo até....
...o grito!
Depois de alguns anos criando filhos, o ouvido de mãe e pai sabem distinguir os mais diversos tipos de grito. O grito da brincadeira, da raiva, da alegria e também o da dor verdadeira.
Esse é inconfundível!
Todos os membros da família correram para sala.
O pai o primeiro a chegar.
Primeiras tentativas infrutíferas de aliviar a situação...
O menino não gritava mais, berrava!
As rodas dentadas do trenzinho tinham se enroscado na parte mais sensível e infelizmente descoberta do corpo.
As mãos trêmulas do pai nem conseguiam apertar o interruptor da locomotiva....o zumbido do motorzinho continuava....
"brrrrrrrrrrrrrrrrrr...."
Chegou a hora de ação da "Supermãe"!
Essa figura é o alter ego da mãe "normal", que entra em ação somente em situações nas quais todos os demais familiares se desesperam....um dispositivo dado pela natureza.
Afastando o pai "delicadamente" com um empurrão.... procurou e achou o botãozinho de desligamento desse brinquedo do inferno e durante um instante os berros cessaram, porque as rodinhas pararam de remoer.
Enquanto o pai acalentava e segurava o pequeno touro indomável, a "Supermãe" tentava desesperadamente soltar o que precisava ser liberado.
A cada movimento, um grito de desespero.
A face do filho roxo e molhado de suor e lágrimas....
A face do pai lívida.
- Vou tentar só mais uma vez! Se não conseguir, vamos ao hospital!
Ignorando o sofrimento e forçando mais uma última vez a peça emperrada...conseguiu!
Suspiros de alívio de todos os envolvidos.
O pai pegou o brinquedo, pisou nele até quebra-lo em pedacinhos e jogou na lata de lixo...um lugar mais que merecido.
Na verificação dos danos, mais um suspiro aliviado...apesar do local estar inchado e roxo, não havia sangramento.
Maiores intervenções por parte de um pediatra foram desnecessárias.
Teve sorte no azar.
*******************
Aos pais de primeira viagem uma coisa tem que ser avisada :
Não existe brinquedo "inocente" na primeira infância!
Alguns na verdade, parecem até ter saído diretamente do inferno para atormentar os pais ou os filhos... (como massinha de modelar e pintura a dedo...sobre as quais tenho muitas histórias "divertidas" a contar!)
Minha filha bem pequena certa vez acertou meu olho com o chocalho feito ( de maneira pedagogicamente correta) de madeira!
Claro que não dá para deixar as crianças sem brinquedo, mas é importante lembrar, que muitas vezes os mesmos não são usadas da forma indicada na embalagem ou como se mostra nas propagandas da TV.
Convêm ficar de olho sempre.....