Conversa com taxistas
Ultimamente tenho utilizado o serviço de taxi mais amiúde.
A cada corrida uma história a registrar,as vezes tristes,outras engraçadas ou até trivial.
A conversa começa sempre com a reclamação do trânsito congestionado.Mais carros do que gente!Numa das corridas peguei um taxista meio surdo.Fiquei até um pouco preocupada.Eu falava alho ele entendia bugalho.De repente,um toque insistente de celular.Perguntei se era o dele.-Como?não estou ouvindo nada de toque de telefone.Outra vez o toque insistente,cada vez mais perto.Levantei minha bolsa do assento do carro e constatei que alguém havia esquecido o celular.
Quando o telefone tocou outra vez ,disse ao motorista do taxi:Vou atender ,assim o senhor poderá devolver o tel ao dono.O homem agradeceu dizendo não saber atender esses telefones modernos.
Do outro lado da linha,o homem me instruiu para que o taxista fosse até o hospital Ana Costa,ele estaria lá esperando pelo "alemão",ou seja ,assim é o apelido do taxista conhecido do passageiro.
Espantado o velho taxista(surdo) perguntou:-Como a senhora sabe o meu apelido?
Oh! meu Deus!Até eu conseguir explicar tudo para o homem,cheguei ao meu destino,e ainda fiquei mais uns 10 minutos falando e rindo do jeitão do pobre homem ,me agradecendo de minuto a minuto pelo galho
que lhe quebrei.