Cem por cento de visão.

Na Escola de Aprendizes, fazia parte da turma um jovem de espírito galhofeiro e irreverente. Todo dia o aprendiz, ao passar pelo companheiro que lhe servia o pão, dizia para todos ouvirem:

- Estou ficando cego! – e passava muito sério e compenetrado.

O sargento, um homem de caráter sólido e rígido, começou a observar o comentário e resolveu intervir, para saber a razão da “cegueira” do boy. No dia seguinte, na hora do café, após o banho e uniforme, depois do Treinamento Físico Militar, viu o boy repetir a frase de costume e o estacou:

- Por que você está ficando cego, aprendiz? – indagou o sargento, ainda não atinando a razão do comentário. O boy, sem se preocupar com a graduação do superior, respondeu incontinenti.

- Porque que não enxergo a manteiga, meu chefe!

Foi o suficiente para o sargento, ofendido no seu pundonor militar, colocar o boy no Livro de Castigo e, ainda por cima, recomendar a tenente que falasse ao Comandante para ser implacável e dar a punição máxima ao boy, como exemplo para a turma, visando manter a disciplina. Respondida à audiência, o boy pegou como pena disciplinar dez dias de prisão rigorosa.

Após o cumprimento da pena, o boy foi, ainda por castigo, colocado para dar serviço no Rancho, pagando etapas de queijo para os colegas, que comentavam ainda seu infortúnio. No primeiro dia como rancheiro estava o aprendiz servindo aos companheiros de turma, quando foi abordado pelo sargento e pelo tenente com uma pergunta capciosa, visando saber se ele havia se emendado.

- Melhorou da vista, boy? – indagaram-lhe seus superiores com curiosidade.

- Cem por cento! Estou vendo os senhores bem direitinho, através desta fatia de queijo! – respondeu o boy, irreverente.

Na Escola de Aprendizes, fazia parte da turma um jovem de espírito galhofeiro e irreverente. Todo dia o aprendiz, ao passar pelo companheiro que lhe servia o pão, dizia para todos ouvirem:

- Estou ficando cego! – e passava muito sério e compenetrado.

O sargento, um homem de caráter sólido e rígido, começou a observar o comentário e resolveu intervir, para saber a razão da “cegueira” do boy. No dia seguinte, na hora do café, após o banho e uniforme, depois do Treinamento Físico Militar, viu o boy repetir a frase de costume e o estacou:

- Por que você está ficando cego, aprendiz? – indagou o sargento, ainda não atinando a razão do comentário. O boy, sem se preocupar com a graduação do superior, respondeu incontinenti.

- Porque que não enxergo a manteiga, meu chefe!

Foi o suficiente para o sargento, ofendido no seu pundonor militar, colocar o boy no Livro de Castigo e, ainda por cima, recomendar a tenente que falasse ao Comandante para ser implacável e dar a punição máxima ao boy, como exemplo para a turma, visando manter a disciplina. Respondida à audiência, o boy pegou como pena disciplinar dez dias de prisão rigorosa.

Após o cumprimento da pena, o boy foi, ainda por castigo, colocado para dar serviço no Rancho, pagando etapas de queijo para os colegas, que comentavam ainda seu infortúnio. No primeiro dia como rancheiro estava o aprendiz servindo aos companheiros de turma, quando foi abordado pelo sargento e pelo tenente com uma pergunta capciosa, visando saber se ele havia se emendado.

- Melhorou da vista, boy? – indagaram-lhe seus superiores com curiosidade.

- Cem por cento! Estou vendo os senhores bem direitinho, através desta fatia de queijo! – respondeu o boy, irreverente.

Moysés Severo
Enviado por Moysés Severo em 12/07/2013
Código do texto: T4383172
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