A CASA RISONHA
Naquela casa, era sempre assim, só alegria. Não foi diferente naquele
domingo, entre famílias.
Todos estavam conversando, antes do almoço. Quando começou uma
pequeno diálogo entre a dona da casa e sua mãe, uma senhora já tida
em alguns anos. E esta pobre só se mechia na poltrona, sem qualquer explicação, balbuciava entre dois lábios murchos. Ao que a filha arguia:
- Veja, agora virou criança. Não quer usar a prótese. Diz que dói, cai
e não consegue mastigar. Não sabe onde está.
Aquela cena arrastou-se por mais uns minutos. Quando todos quase
explodiram de tanto rir ao ver a cachorrinha da casa, entrar na sala,
exibindo um farto e alvíssimo sorriso postiço. Tal qual "O Máscara".
Aí a velha senhora lembrou-se que embrulhara sua dentadura num
pano e a guardara em algum lugar, onde a cachorrinha com fome, ou
por travessura, encaixou-a na boca, como se fosse sua.
Até a velha senhora riu com a peraltísse do animal.
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