Dia dos Namorados
Muito embora esta seja um espaço de humor, me permitam as digressões abaixo.
Muitas das datas festivas, incluídas no calendário oficial, se destinem ao prazer dos circunstantes, e sejam colocadas para o prazer intimista dos apreciadores, minha opinião é que são paliativas para o espírito mediano da população.
Essas datas, conquanto levem as mentes a curtir e compartilhar momentos de felicidade e prazer, tem em si uma carga muito maior, que para alguns podem causar sofrimentos e estresses de grande monta.
São datas festivas para o comércio e geradoras de rendas inimagináveis.
Por exemplo o Natal e o Ano Novo. Quem, nessas ocasiões, por culpa própria, abandono, e até vontade própria poderia ser feliz sem a presença da familiares? No dia das mães, ou dos pais, se sentindo orfão, poderia comemorar? Quem no Dia das Crianças, alijado do seio da família poderia comemorar a data? E aniversário? Solitário, abandonado na sarjeta, pela degradação do vício, procurado ou assumido, poderia comemorar? E sem entrar numa discussão de um relacionamento acabado, quem se proporia a conversar com algum familiar para reencontrar suas base emocionais.
Mas o assunto é o Dia dos Namorados. Aquela pessoa que te traz um envolvimento afetivo meio adolescente, meio casto e prazeroso.
Devo declarar que estou carente, que minha vida perdeu o significado afetivo, que pra mim, quase que o mundo se acabou.
E, sem pressões homo ou héterofóbicas, sem querer apoio ou compreensão, declaro minha tristeza em alto e bom som.
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Meu proctologista MORREU.