O Azar Do Nordestino
Numa seca disgraçada
Eu comprei um alazão
Tem quase dois metros de altura
E é todo forte e bem gordão
O bixo corre pra mulesta
E da uma de inpinador
Ele é amarelo e bonito
Melhor do que o do Beto carreiro word
Passando um mês aqui
Nessa seca do sertão
O bixo já tá mago
Com os dentes tudo por o chão
Os cascos já tavam lascados
E seus ossos tudo de fora
Me arrependo de ter comprado
Esse maldito na quela loja de espora
Paguei quase dos mil,nesse tão alazão
Se me oferece vinte reais,te dou o cabresto na mão
Esse bixo infeliz, me deixou sem dinheiro
Me fez vender minhas galinhas e até os carneiros
Eu andava alegre e com maior satisfação
Agora ando triste sem dinheiro pro pão
Soltei ele na estrada e ele nunca mais voltou
Um cara pegou o bixo e vendeu pra meu avô
Deu uma chuva daquelas de inundar o sertão
E tudo ficou verde e melhorou a situação
Os animais todos gordos e as roças dando plantação
E o maldito cavalo voltou à ficar bonitão
O cavalo ficou gordo e foi vendido novamente
Meu avô vendeu por três mil,o veio chega ficou contente
Eu fiquei inconformado, sem saber o que fazer
Comecei a chorar, mais já me conformei
Inspirado em: Jumento Celestino/ Mamonas Assassinas