O corpo humano (uma descrição nada científica)
O cérebro andava pensativo
O fígado abusava do álcool
A garganta emudecida
A boca com a língua solta
Os dentes cheios de tártaros
O estômago um buraco
O intestino andava preso
O baço queria um abraço
E o pâncreas sem secreção
Deixava aos pulos o coração
A mão tateava sem sentir
Os pés com chulé de matar
Os olhos querendo abrir
O peito querendo sossegar
Joelhos tremendo sem saber
Nariz quase a espirrar
A barriga muito enjoada
A cabeça andava pesada
O cotovejo estava com dor
(terminou um amor)
A articulação do joelho
Meio desarticulada
O tarso o metatarso e a falange
Discutiam sobre futebol
Ouvindo o rádio bem alto
A tíbia e a fibola preferem ópera
O úmero um tanto úmido
A costela querendo se aquecer
A clavícula sem entender
O esterno querendo ficar interno
O sacro achando tudo isso um saco!
O sexo acabou perplexo
As orelhas com pulga atrás
Para o corpo foi demais
Acabou de morrer...
ilustração: Google
O cérebro andava pensativo
O fígado abusava do álcool
A garganta emudecida
A boca com a língua solta
Os dentes cheios de tártaros
O estômago um buraco
O intestino andava preso
O baço queria um abraço
E o pâncreas sem secreção
Deixava aos pulos o coração
A mão tateava sem sentir
Os pés com chulé de matar
Os olhos querendo abrir
O peito querendo sossegar
Joelhos tremendo sem saber
Nariz quase a espirrar
A barriga muito enjoada
A cabeça andava pesada
O cotovejo estava com dor
(terminou um amor)
A articulação do joelho
Meio desarticulada
O tarso o metatarso e a falange
Discutiam sobre futebol
Ouvindo o rádio bem alto
A tíbia e a fibola preferem ópera
O úmero um tanto úmido
A costela querendo se aquecer
A clavícula sem entender
O esterno querendo ficar interno
O sacro achando tudo isso um saco!
O sexo acabou perplexo
As orelhas com pulga atrás
Para o corpo foi demais
Acabou de morrer...
ilustração: Google