Era um dia alegre e de muito sol.
Tentei reunir a família,
mas somente minha filha topou.
Partimos então animados e famintos no busão,
para a longínqua casa do saudoso amigo.
O prato do dia, não poderia deixar de ser,
uma suculenta e saborosa feijoada.
E com tudo que tem direito, orelha, pé, joelho,
rabo de porco, torresmos e o escambau a quatro...
Claro, tinha ainda couve mineira, farofa, laranja seleta
e muitas otras cositas más.
Em meio à comilança, apareceram uns canas, que comeram à bessa. Só não beberam porque estavam de serviço, mas da feijoada se fartaram, agradeceram e até elogiaram.
Minha filha durante o banquete me alertou:
- Pai, vai devagar, cuidado!
Mas o velho, que já e surdo, solenemente ignorou.
Comi muito, demais mesmo, a pança quase arrebentou.
Enjoei, passei mal e a cabeça por horas, rodou...
Também com tantas caipirinhas, nem o santo segurou.
Vieram umas tias com chá disso e daquilo, e o malandro aqui temporariamente melhorou.
Ainda cantei uns sambas e o dia finalmente passou.
Minha filha nervosa, então me alertou:
- Pai, vamos embora, tá na hora...
A pequena, da feijoada nem provou. Ficou num churrasquinho com linguiça, franguinho, que era opcional. Ela, adorou.
Olhei para o bobo, e já passavam das 23 horas.
Me despedi correndo da galera em direção ao ponto de ônibus.
Parti, já soltando uns puns, mas ainda tranquilo,
muito sorridente e feliz com minha filha.
Porém, o ponto era um pouco longe. E sucederam-se
mais puns e certos barulhos estranhos dentro do bucho.
A maldita reação à comilança, havia começado.
Era uma dor de barriga, que ninguém jamais imaginou.
Corri pro meio do mato, as calças rapidamente baixei,
e a bomba finalmente estorou.
Durante o perrengue, ouvi gritos de desespero, vindos de dentro da mata.
Percebi também fardas jogadas, cinturões, cacetetes, coturnos e o diabo a quatro.
Eram os canas, que também comeram da dita feijoada, e agora chamavam por RAUUULLLL!
Minha filha vendo meu sofrimento voltou a festa e descolou um rolo de neve.
Seu velho, precisava se limpar e se arrancar o mais rápido possivél daquela situação.
Não sou, nem jamais fui babá de polícia cagão.
Por piedade joguei o restante do neve pra dentro da mata em direção aquelas fardas espalhadas.
Quando então ouvi um sonoro grito:
- Muito obrigado, irmão!!!!
Terminei os trabalhos ecológicos, me ajeitei direitinho, peguei o busão de volta para casa.
Lógico que pedi a minha amada filha segredo.
Mas a baixinha, caramba, só tinha 11 aninhos.
Finalmente cheguei em casa.
"Dona Maria" preocupada, logo perguntou:
- Por que vocês demoraram tanto?
Tentei desconversar, mas a língua tava muito enrolada.
Quando minha filha, sem dó nem piedade, logo me entregou:
- Mãe, papai comeu tanto, passou mal e até se borrou.
"Dona Maria" então, ante a deduragem, riu bastante de mim e depois retrucou: - Viu, quem mandou, ir a tal feijoada?
Comeu demais, num se aguentou, fez vegonha e ainda se atrasou.
Ainda bem que nesta furada, você até tentou, mas graças a Deus não me levou.
Tentei reunir a família,
mas somente minha filha topou.
Partimos então animados e famintos no busão,
para a longínqua casa do saudoso amigo.
O prato do dia, não poderia deixar de ser,
uma suculenta e saborosa feijoada.
E com tudo que tem direito, orelha, pé, joelho,
rabo de porco, torresmos e o escambau a quatro...
Claro, tinha ainda couve mineira, farofa, laranja seleta
e muitas otras cositas más.
Em meio à comilança, apareceram uns canas, que comeram à bessa. Só não beberam porque estavam de serviço, mas da feijoada se fartaram, agradeceram e até elogiaram.
Minha filha durante o banquete me alertou:
- Pai, vai devagar, cuidado!
Mas o velho, que já e surdo, solenemente ignorou.
Comi muito, demais mesmo, a pança quase arrebentou.
Enjoei, passei mal e a cabeça por horas, rodou...
Também com tantas caipirinhas, nem o santo segurou.
Vieram umas tias com chá disso e daquilo, e o malandro aqui temporariamente melhorou.
Ainda cantei uns sambas e o dia finalmente passou.
Minha filha nervosa, então me alertou:
- Pai, vamos embora, tá na hora...
A pequena, da feijoada nem provou. Ficou num churrasquinho com linguiça, franguinho, que era opcional. Ela, adorou.
Olhei para o bobo, e já passavam das 23 horas.
Me despedi correndo da galera em direção ao ponto de ônibus.
Parti, já soltando uns puns, mas ainda tranquilo,
muito sorridente e feliz com minha filha.
Porém, o ponto era um pouco longe. E sucederam-se
mais puns e certos barulhos estranhos dentro do bucho.
A maldita reação à comilança, havia começado.
Era uma dor de barriga, que ninguém jamais imaginou.
Corri pro meio do mato, as calças rapidamente baixei,
e a bomba finalmente estorou.
Durante o perrengue, ouvi gritos de desespero, vindos de dentro da mata.
Percebi também fardas jogadas, cinturões, cacetetes, coturnos e o diabo a quatro.
Eram os canas, que também comeram da dita feijoada, e agora chamavam por RAUUULLLL!
Minha filha vendo meu sofrimento voltou a festa e descolou um rolo de neve.
Seu velho, precisava se limpar e se arrancar o mais rápido possivél daquela situação.
Não sou, nem jamais fui babá de polícia cagão.
Por piedade joguei o restante do neve pra dentro da mata em direção aquelas fardas espalhadas.
Quando então ouvi um sonoro grito:
- Muito obrigado, irmão!!!!
Terminei os trabalhos ecológicos, me ajeitei direitinho, peguei o busão de volta para casa.
Lógico que pedi a minha amada filha segredo.
Mas a baixinha, caramba, só tinha 11 aninhos.
Finalmente cheguei em casa.
"Dona Maria" preocupada, logo perguntou:
- Por que vocês demoraram tanto?
Tentei desconversar, mas a língua tava muito enrolada.
Quando minha filha, sem dó nem piedade, logo me entregou:
- Mãe, papai comeu tanto, passou mal e até se borrou.
"Dona Maria" então, ante a deduragem, riu bastante de mim e depois retrucou: - Viu, quem mandou, ir a tal feijoada?
Comeu demais, num se aguentou, fez vegonha e ainda se atrasou.
Ainda bem que nesta furada, você até tentou, mas graças a Deus não me levou.