PAPO COM KARPOT

-Quem é karpot?
- É o que vem antecedido de Rian. Karpot, Rian Karpot, assim como Bond, James Bond.

- Fale sobre você, algo mais do que o seu nome completo.
- Bem, sou uma espécie de semi-heterônimo de Luiz Otávio, ou vice-versa. Assim como Bernardo Soares é para Pessoa. Nasci em Ipanema já com idade para ter filhos apesar de não tê-los tido.

- A alegria de viver, como você encara?
- Não só de viver, mas principalmente de estar vivo e com saude, é o que vale. Tirando isso sobra pouca coisa.

- E sobre essa moda da "viadagem", do Daniela Mercurismo, hoje em dia, como você encara?
- De certa forma preocupante para quem é pai de adolescentes. Fazendo um jogo de palavras, prefiro a vadiagem, que, apesar de ser algo por assim dizer vadio, é preferível porque não põe em risco a preservação da espécie humana - homem com homem (ou mulher com mulher) não dá filho.... pão com pão é sanduiche de bobo....

- E o humor reflexivo, o que você tem a dizer sobre ele?
- Humor é essencial, rir faz bem e refletir é sempre uma boa opção para alocação do tempo.

- Sobre mulheres, o que você me diz?
- As mulheres lindas são lindas. Aliás, a ilustração colocada nesse texto é  bem interessante...Mas elas gostam de complicar. Se as coisas acontecem diferentes do que está nos livros, elas colocam boa dose de imaginação, e aí complica... Mas sempre tive envolvimento, nunca fui só.

- Você se considera realizado?
- Na medida em que deve-se fazer o que se tem vontade, sim, mas sob o enfoque que se tudo o que fiz tive vontade, aí a coisa pega.

- Então por que fez ou faz o que não quer fazer?
- As consequencias em deixar de fazer determinadas coisas seriam piores do que o dissabor em fazê-las. É um jogo de avaliação e estou vencendo o jogo.

- Mas vencendo de quem?
- Meu adversário, no caso, é a existência, a conspiração das circunstâncias.

- E por falar em existência, o que você diz sobre Deus? Quais as suas idéas a respeito?
- Fico muito surpreso com frases que vejo nos adesivos dos carros, tipo "Deus é fiel" , "Deus é justo". Essas frases implicam que alguèm está julgando Deus.... absurdo. O finito sentenciar sobre o infinito.... nada se pode imaginar sobre o infinito.... Nada posso dizer sobre Deus, é um mistério, é como a descontinuidade da tangente trigonométrica em torno de 90 graus. Ela varia de mais infinito a menos infinito. Não tem fé, reza, promessa, ou lá o que for que faça com que isso deixe de acontecer e explique essa passagem abrupta essa descontinuidade inexplicável. 

Karpot
Enviado por Karpot em 28/04/2013
Reeditado em 07/11/2013
Código do texto: T4264438
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