OS CAIXÕES FUNERÁRIOS DE CABO ZÉ
Ao tomar posse no dia 1º de janeiro de 1997, o prefeito Jerônimo Reis ficou estupefato com os desmandos administrativos deixado pelo seu antecessor Zé Raimundo Ribeiro , o popular Cabo Zé.
Como vou administrar a Prefeitura Municipal de Lagarto se a energia, a água e a merenda escolar foram cortadas por falta de pagamento do gestor anterior? Resmungava Jerônimo Reis.
Do outro o ex-prefeito Cabo Zé polemizava.
-Eu deixei dinheiro para comprar merenda escolar e a prova disso é que Jerônimo Reis fará uma licitação agora para comprar a merenda.
-São 5 milhões de dividas deixadas por Cabo Zé. Como vou pagar se a prefeitura tem uma arrecadação em torno de R$ 700 mil? Vou ter que fechar as portas da prefeitura. Desabafava o gestor.
-O que Jerônimo está fazendo é uma palhaçada. Azedava o antigo gestor.
-As portas da Prefeitura de Lagarto estarão fechadas, mas os Postos de Saúde, as escolas, os poços artesianos, a coleta de lixo e os cemitérios estarão funcionando regularmente. Só abrirei às portas da prefeitura quando o município estiver governável. Lamentava Jerônimo Reis.
-Os lagartenses já estão com saudade do Cabo Zé pois eu dava cestas básicas, não cobrava impostos dos mais carentes e ainda continuo doando caixões de defuntos para os nossos necessitados lagartenses.
Ai um gaiato não suportando as choradeiras dos dois políticos ironizou:
- Se as portas da Prefeitura de Lagarto forem fechadas por Jerônimo Reis, o povo da cidade de Lagarto terá como consolo os caixões funerários de Cabo Zé para se enterrarem, já que os cemitérios estarão funcionando regularmente.