Catupiry aquático
Esta é a historia de um garoto que acreditava piamente que um produto derivado do leite, era na verdade um peixe, parece estranha, e pode apostar que é.
Há muito tempo atrás , numa terra litoranea, quente como a cozinha do capeta, um menino acabara de completar sete anos de idade... Certo quem eu quero enganar? O garoto idiota desse historia sou eu.
Uma coisa que você precisa entender sobre o lugar de onde venho é que diferente da terra da garoa não existe uma pizzaria em cada esquina. Outra coisa que precisa entender é que gente gorda gosta de comer, então quando meu pai perguntou onde eu gostaria de passar meu aniversario, não pude recusar uma das delicias da Itália.
Ao chega na pizzaria cabia a mim escolher um sabor no menu, pelo amor de deus eu nem sabia o que era um menu, nem precisa dizer que eu não era muito inteligente. Escolhi então o sabor que as tartarugas ninjas sempre comiam sem ter a minima noção do que era um pepperoni, meu pai por outro lado pediu sua metade de camãrão com catupiry.
Nunca tinha escutado aquela palavra antes, então pensei com minha cabeça de bagre: "Ora, camarão eu sei o que é... E como o sabor que meu pai pediu esta na sessão de frutos-do-mar então o catupity é obviamente um peixe!"
Passaram-se uns quarente minutos até que o garçom trouxe aquele disco deliciosamente calorico numa bandeja e, para meu espanto, onde eu esperava encontrar a carne de um pobre peixe sem sorte, estava na verdade uma pasta branca.
Agora meu amigo leitor, uma coisa que talvez seja importante ressaltar é que ignorância quando encontra a criatividade resulta em ideias magnificamente estupidas. Prova disso é que uma pessoa normal aceitaria o fato de que aquilo que não parece simplesmente não é, mas em minha cabeça catupiry ainda era um peixe e cheguei a imaginar como assumia tal forma. Em uma esteira de produção os pequenos peixes eram esmagados, o que resultava nessa massa branca.
A partir daquele dia o catupiry tornou-se meu peixe favorito, o cumulo do absurdo no entanto é que só fui descobrir que na verdade tratava-se de um queijo, pasme, apenas nove anos depois, aos dezesseis o que explodiu minha cabeça da mesma forma quando descobri que a vovó Mafalda era um homem.