O Alcoolatra: O poeta do álcool em: O Suicida!

Acima do rio, sobre a ponte que liga parnaiba à tocantins da serra; um homem gritava em prantos e lamurias.

- Minha vida esta uma bosta. Eu vou me matar.

Não muito longe dali nosso amigo poeta estava a observar o tal homem que dizia; não aguento mais isso, não aguento mais minha vida. Nada da certo.

Indignado com a atitude do homem, nosso amigo poeta que para muitos é apenas um bebum sem futuro, inicia um diálogo enquanto o perdido homem se lamenta.

- Não quero mais isso para mim, vou me matar.

- Ninguém merece, você quer se matar e ainda quer me levar junto, me matando de tédio.

- Não aguento mais isso.

- Nem eu!

- Minha vida esta uma bosta.

- Seu quadrupedi de orelhas grandes.

- O que senhor!? Estás tu a falar comigo?

- Claro seu idiota. Que cena mais ridícula, deprimente.

- Como ousa!?

- Eu ouso com a mesma liberdade que te dá o direito de falar mal de si mesmo.

- Seu mesquinho. Olha para você, se encherga!

- É você que esta reclamando da sua vida e não eu da minha. Percebeu! Aloouuu!

- Só me faltava essa; levando lição de moral de um mendigo.

- Mendigo não! Perai! Sou apenas um morador de rua acolhido pela beleza que me cerca; faço do chão o meu colo e do céu o meu teto enfeitado com a beleza das estrelas.

- Ai! Ai! Ai! Esta bem! Mais por que me chama de quadrupedi de orelhas grandes?

- Pra início de conversa mesquinho é você e bosta e a sua vida; a minha é ótima, por sinal olha só. (Fala o poeta virando a garrafa de cachaça na boca). Preste a atenção seu inepto, pelo visto nunca parou para observar o que acontece quando no vaso estas a desfrutar do momento de solidão mais aliviador.

- O que!

- Te direi em versos. hurrum, hurrum;(limpando a garganta) preste a atenção.

(O poeta elevando a cabeça e impondo como diante de uma platéia a sua voz, diz:)

" Em um momento de grata solidão, fico a desfrutar do alívio do que me prendia a atenção.

Faço me rei no ambito de minha grandeza no instante em que no trono estou assentado.

Sinto uma suave leveza que eu até digo profunda; no momento em que a bosta bate n'água e a água bate na bun...

Bate na água e na água não afunda" . Copiou... (Risos)!

Titulo do Texto: O Alcoolatra: O poeta do álcool em: O Suicida!

De: Alexandro Guimarães

life_of_christian@hotmail.com

Guimarãessantos
Enviado por Guimarãessantos em 11/03/2013
Reeditado em 07/04/2013
Código do texto: T4182518
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