CASÓRIO
Dotô delegado, foi assim que tudo se assucedeu:
Namorava uma rapariga di menor chamado Adivalda.
Seu pai o Adenair e a mãe Aristocléia eram contra o namoro:
Filha minha só casa com moço formado e encaminhado na vida, dizia o caboclo Adenair.
Filha minha casa virgem e de véu na Igreja do Bom Parto dizia sua mulher!
Eles não permitiam que a moça saísse de casa e eu estava proibido de falar com ela.
Um dia recebi um bilhetinho: “Astolfo, esta noite vou pulá a janela e vamos nos encontrar no celeiro abandonado da fazenda vizinha, teje lá pelas 10,00 horas da noite.
E assim se deu!!!
Beijos, abraços e a inevitável furunfada, repetida muitas vezes...
O causo só veio ao conhecimento dos pais da noiva e da comunidade alguns meses depois.
Adivalda estava de barriga.
Me disseram: ou casa ou morre disgramado.
Arresorvi vivê!!!!
E cá to eu penando neste pronto socorro cheinho di chumbo, presente de boas vindas da família Melhorança, Sr. e sra. Adenair e Aristocléia.
E, foi assim que se assucedeu o nosso casório...