A VÉIA, O ADVOGADO E A EMPREGADA BOAZUDA

O advogado da capital, bem sucedido, montou um luxuoso apartamento. Vivia convidando sua mãe que morava no interior a conhecer seu imóvel. Certo dia, após insistentes convites ela aceitou. Ele foi esperá-la na rodoviária. Ela ficou deslumbrada com o luxo do apartamento. Ao chegar ele apresentou sua empregada. Morena curvilínea, lábios carnudos, seios fartos, uma tentação. Ela já ficou desconfiada. O rapaz que era solteiro, foi mostrar o apartamento para a mãe, ao chegar ao quarto dele, viu uma luxuosa cama de casal, com vários almofadões e dois travesseiros. Viu também algo que lhe arregalou os olhos: Algemas, chicotes, máscaras e outros estranhos apetrechos. O rapaz havia se esquecido e praticamente empurrou a mãe para fora do quarto, dizendo que iria mostrar a bela vista da área de serviço.

Distraiu a mãe e rapidamente foi ao quarto esconder sua parafernália erótica. Sua mãe,com sua simplicidade interiorana, recatada, vagamente ouvira falar do tal “sadô/masô”. Foi visitar o quartinho da empregada, onde havia uma estreita e simples cama de solteiro. Como se ele adivinhasse seus pensamentos falou:

-Não tem nada não, ela dorme é aqui, meu relacionamento com ela é de empregada/patrão. Ela não acreditou, mas deixou o dito pelo não dito. Ficou por lá quase uma semana. Ao voltar para casa, elogiou o apartamento e o zelo da empregada, tudo imaculadamente limpo. A comida sempre bem temperada e variada, os talheres de prata maciça.

Dias depois da saída da mãe do patrão, a empregada o procurou, reclamando a falta de uma concha de prata. Disse que procurou por toda casa e nada de encontrar o precioso talher.

-Patrão, a única pessoa além de você e de mim que entrou aqui foi sua mãe, veja com ela se ela não pegou a concha. O rapaz retrucou alegando que sua mãe não faria uma coisa daquelas. A empregada insistiu, alegando que não iria ser acusada do sumiço da peça. A contra gosto o rapaz ligou para sua mãe, e após pedir a benção e perguntar se ela fizera uma boa viagem foi direto ao assunto:

-Mãe, a Maria minha empregada está preocupada com o sumiço de uma concha de prata de meu faqueiro, ela não a está acusando de nada, mas como só nós três estivemos aqui no apê, ela pergunta se por acaso você não a pegou...

A velha respondeu na bucha:

-Olha meu filho, fale para sua empregada, que eu não a estou acusando de dormir com você e de fazer estripulias com aqueles brinquedinhos que vi em seu quarto, mas se ela estivesse realmente dormindo na caminha singela do quartinho dela, ela teria visto que eu coloquei a concha de prata debaixo do travesseiro dela...

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HERCULANO VANDERLI DE SOUSA
Enviado por HERCULANO VANDERLI DE SOUSA em 07/01/2013
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