HOMEM SUSPEITO... É ELE!*(crítica)
Após essa onda de violência ocorrida nos últimos meses em São Paulo, a população em geral tornou-se mais arredia, desconfiada, precavida, desconfiada!
Onda de crimes, associados aos chamados “arrastões”, tornou os frequentadores muito mais preocupados!
De modos que em diversos locais e particularmente em restaurantes as pessoas passaram a prestar muito mais atenção a quem entra e em quem saí do(s) recinto(s)!
“Será aquele?
‘Ou aquele outro?”
Mas, será que o criminoso tem cara?
Seja como for, os olhares perspicazes se acentuaram!
“Pode ser aquele que vai perpetrar algum crime! “
Com efeito, os pensamentos se sucedem: “ hum! Aquele é suspeito. Olha o jeito de andar... de olhar... bem, mas foi embora, não é ele!”
“Olha ali! Só pode ser!
‘Olhando para os lados, cabisbaixo, muito mal trajado, mas, pela cor da pele... não, não pode ser!”
“Nossa, olha só: quatro componentes de uma só vez, acabaram de adentrar ao recinto, nenhum ostenta uma aparência social respeitável, dentre eles, um oriental, mas, surpresa! Após consumo, se mandam! Estranho, nada levaram!”
“Um casal. Muito estranho!’
Perfeito para dissimulação, fingimento e não se levantar suspeita. Um homem e uma mulher... muito estranho, é bom ficar de olho!”
“Agora é demais: um dupla de idosos do sexo masculino, seguidos por uma outra dupla de senhoras, no mínimo septuagenária. Disfarce perfeito, a qualquer instante pode ocorrer, o arrastão! O que? Foram os casais e os velhos embora, sem de nada se apropriarem? Inacreditável!”
“Agora não! é demais: crianças desacompanhadas! são ‘olheiros do crime, inclusive organizado, vai ser ainda mais grave o negócio, vão sequestrar todo mundo e exigir dinheiro para libertar comparsas encarcerados. Se muito, tem dez anos! Perfeito álibi... não pode ser. São filhos do dono do restaurante!”
“As dúvidas se encerram aqui: homem bem trajado, acompanhado de uma mulher, óculos, roupas e relógios de grifes famosas, sapatos de cromo alemão... mas, veja sua tez, é escura, é ele, chama a polícia!”
*Mão na consciência.