Cerveja
Eu, sozinha em casa nessa madrugada de sábado para domingo, de repente me deparo com essa cruel realidade: acabou a cerveja! Dentro da geladeira fria, uma irônica coca-cola ri de meu espanto. Procuro em vão... será essa mesmo a última latinha? Ah, talvez não, talvez ainda tenha alguma para ser gelada, que na minha displicência acabei deixando para depois. Cato, procuro, fuço tudo e nada. É mesmo a derradeira... e me dou conta que agora só conto com o meu cansaço para dormir. Não posso mais me apoiar nos vapores etílicos que sempre me ajudaram. Sorvo com especial prazer as últimas gotas desse néctar, enquanto as pálpebras ficam mais pesadas pouco a pouco. E assim percebo que o ato de beber cerveja é só mais um dos meus escapes, na verdade não preciso disso para dormir. Maldigo a minha falta de providenciar mais, minha insensatez, maldigo todos que vieram aqui hoje e beberam comigo e me deixaram sem cerveja de madrugada, justo quando eu mais preciso. Meus olhos ficam cada vez mais difíceis de abrir, afinal já passa das três da manhã. Juro que amanhã dou um jeito nisso. A primeira coisa que faço quando acordar, é pedir uma entrega especial. No mínimo 3 dúzias. Ou seria melhor já pedir 4 de uma vez?
candy