OS "GATINHOS" DO CANINDÉ

Acredite! De uns tempos para cá o Canindé foi invadido por gatos que nascem do dia pra noite. No meu prédio está cheio deles, que nascem aos montes, na calada da noite, às vezes em dia claro e nos lugares mais difíceis.

Por sorte deles a gente humilde do Canindé não poupa esforços para ajudá-los nascer, escalam paredes, abrem telhados, sobem postes e tudo mais que for preciso para que os lindos bichinhos nasçam e tragam com isto a alegria a este povo que exercita toda a sua criatividade e , de verdade, é por puro lazer que ajudam gatos nascerem.

Como gostam de gatos aqui no Canindé...São os únicos da raça felina dotados de inteligência e capazes de transmitir conhecimento aos seus donos.

Ás vezes um gato ou outro desaparece,por ação de desalmados funcionários do serviço público, das empresas de tv a cabo, da Companhia de luz, que inadvertidamente esbarram nos doces bichinhos.

Mas, logo depois alguém se penaliza com a perda e trata de arrumar outro à altura do anterior e assim acabar com o choro das crianças que adoram de paixão estes gatinhos.

De tanto assistirem televisão com seus inteligentíssimos bichinhos podem-se notar aqui e acolá acaloradas discussões sobre assuntos os mais diversos, desde a entrega do Oscar até resultados do campeonato europeu.

Talvez os bichanos tenham o dom de transmitir conhecimento a seus donos.

Depois da invasão destas criaturas inteligentes os moradores daqui sabem de tudo o que acontece no mundo do cinema, nos noticiários internacionais, nos esportes, nos conhecimentos gerais, culinária, etc...

São gatos energizados, elétricos, estrelas televisivas, coisa de louco! Acho que é a televisão que despertou nesta gente o amor por gatos. A maior satisfação dos moradores aqui da rua do fuxico, do coxixo é assistir televisão, cada um acompanhado de seu respectivo gato.

Me perguntaram porque ainda não tenho em casa um gato. Não sei, acho que não me daria bem com este bicho , mas não me importo com que passem silenciosos sobre minha varanda aqui no prédio...

Paulo de Tarso
Enviado por Paulo de Tarso em 27/02/2007
Reeditado em 27/02/2007
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