COMUNISTA NO CÉU
Quando o grande ‘camarada’ Carlos Prestes (CP), líder do PCB faleceu em 1990 apresentou-se a São Pedro no Céu em busca da última residência.
Admirado da sua presença ali, São Pedro Pescador disse:
- ‘Lamento… mas aqui nas alturas, comunista não entra. Você terá de baixar de novo para os subterrâneos terrenos e tentar na concorrência infernal.’
Contrafeito o velho capitão Carlos Prestes (da grande marcha brasileira de 1924-1927) desce ao Inferno.
Lá, Sir Diábolo Capeta, em persona, o recebe com o livro do destino aberto:
- ‘Humm…muito mal… aqui também não o quero. Com a sua capacidade de prosear pode agitar o pessoal da casa que já anda muito perturbado com o custo de vida.’
Meio aborrecido o grande ‘camarada’ CP regressa ao portão do Céu.
Depois de pensar um pouco, São Pedro diz contemporizador:
-‘Muito bem. Vou-lhe dar uma chance por que afinal mesmo na marra, você pensava que fazia o bem para os pobres como ‘Cavaleiro da Esperança.’ Não concordamos é com os seus métodos revolucionários. Somos pacifistas. Você vai para o purgatório e depois se verá.’
Assim feito. Carlos Prestes vai para o Purgatório como segunda chance de penitência.
Passa-se uma eternidade, ainda que por aqueles lados seja um dia terreno.
Entretanto, Sir Diábolo Capeta curioso pelo sumiço de Carlos Prestes vai ter com São Pedro e pergunta o que foi feito do grande ‘camarada’ CP.
São Pedro responde:
-‘É isso aí colega. O camarada Carlitos do PCB anda bem comportado. Entre o Purgatório e o Céu tem feito sucesso com comício. Agora somos todos camaradas com carteirinha de partido e tudo.’
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Nota: qualquer semelhança histórica com outros líderes comunistas falecidos é pura coincidência. Prestes só houve um e brasileiro. Morou cara?
[Kkkk…brasileiro é fogo até no além. Está ligado(a)?]
(Criado por Kuaracy Xamã@ 20.10.2012)
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Agora falando sério:
ANEXOS
Capitão-engenheiro Luís Carlos Prestes, gaúcho nascido em 1898 e falecido em 1990 no Rio de Janeiro.
Fonte bibliográfica: http://educacao.uol.com.br/biografias/luis-carlos-prestes.jhtm
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Saber mais sobre este período da História do Brasil, na obra do autor Hélio Silva. ‘‘1926: A Grande Marcha - Coluna Prestes.” Porto Alegre, Brasil. L&PM, edição de 2005. 384 páginas.
Fonte: http://www.lpm.com.br/site/default.asp
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Data vênia (em baixo) a sinopse da livraria saraiva.com.br:
«1926 – A grande marcha dá continuidade ao Ciclo de Vargas, conjunto de livros que marcou época dentre historiadores e público em geral ao propor uma leitura dos acontecimentos da história moderna brasileira.
Mesmo assim, 1926 – A grande marcha pode ser lido independentemente dos outros volumes que compõem O Ciclo. Este tomo abrange o período de 29 de outubro de 1924 a 2 de janeiro de 1930. Começa com os revolucionários (de) do Segundo 5 de julho abandonando São Paulo para que a cidade não seja destruída, pois a rebelião ficara circunscrita, sem propagação nacional.
Isidoro Dias Lopes, Miguel Costa e seus companheiros de Coluna, de São Paulo sobem o Rio Paraná e na foz do Iguaçu fazem junção com Luís Carlos Prestes, João Alberto e os gaúchos da Coluna do Sul.
Aí nasce a Coluna Prestes, que percorre mais de 33 mil quilômetros em dois anos e três meses, semeando a revolução, despertando o sertão e alertando as cidades.
Prestes transforma-se em mito: já é O Cavalheiro da Esperança que termina por se internar na Bolívia com seus homens famintos, maltrapilhos, as armas descalibradas, sem dinheiro, mas invictos e arautos do inconformismo.»
Fonte:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/178618/1926-a-grande-marcha-coluna-prestes