SAQUINHO DE OURO

- Há quanto tempo vocês estão noivos? - Quando vão casar? – Como é, desse mato não sai coelho?

De tanto ouvir essas cobranças, os noivos resolveram casar. Primeiro a escolha do bairro, depois o apartamento, mediram o espaço, chamaram os pintores, pedreiros, encanadores, marceneiros, etc. Como sempre veio o desgaste, a pintura não estava legal, os marceneiros não cumpriam o cronograma, a data do casamento se aproximando e o famoso estresse da organização da festa, os padrinhos, os convidados, o local para onde viajar na lua de mel e finalmente tudo em cima da hora como nos filmes do famoso agente 007 - James Bond. Casaram-se, viajaram e agora o lar doce lar. Arrumando o apartamento, no primeiro fim de semana, os problemas já começaram a aparecer.

- Jorge, a pia da cozinha está entupida.

- Querida, deixa comigo. Eu abro o sifão, deve ser ainda um pouco de entulho, isso acontece.

A esposa voltou a arrumar o apartamento e o Jorge foi para baixo da pia naquela posição de “Napoleão” quando perdeu a guerra. Ela volta à cozinha e não resistindo ver o marido naquela posição, não podia deixar de fazer um carinho.

Meteu a mão nas bolas do Jorge e apertou dizendo:

- Ei saquinho de ouro!

O que se ouviu foi um “ui” seguido de outro “ui” e de um “toimm” de uma batida de cabeça no sifão e um desfalecimento.

- Perdão, Jorge, eu não quis fazer isso. Só queria lhe fazer um carinho!!!

Puxava o Jorge pelas pernas e pedia socorro. O Jorge apareceu.

- Jorge, não é você?

- Não, é o zelador.

- Ai Jorge. (desmaia).

Lá estava o Jorge sem entender nada e tendo que socorrer duas pessoas desfalecidas.

Quando ela voltou a si, o zelador já estava legal, Jorge pergunta:

- Que você fez querida?

- Jorge que vergonha?

– Perdão seu José, pode deixar eu o Jorge agora.

- Jorge, a calça era igual à sua e eu pensando que era você, apertei seu saco!

- Quando vi que estava difícil, chamei o seu José, disse o Jorge.

- Quer dizer que você pegou no saco dele?

- Foi isso mesmo que eu fiz. Com que cara vamos olhar para ele a partir de hoje?

- Jorge, temos que mudar daqui. Vamos para a casa da mamãe até achar outro apartamento.

Nota: O caso é real, os nomes são fictícios para preservar a identidade dos personagens.

SANTO BRONZATO
Enviado por SANTO BRONZATO em 05/10/2012
Código do texto: T3917623
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