Papo Cabeça - Elzinha a ecologista biruta

Papo Cabeça - Elzinha a ecologista biruta (Um mashup)
Comecei a me questionar do porquê as pessoas vivem cômodas… isso me incomoda, principalmente quando abro uma cômoda. Às vezes tenho a impressão de que nascemos em um determinado âmbito, seja ele qual for.. e nos conformamos com ele ou até mesmo nos conformamos à ele… e achamos que tudo é igual ao que já conhecemos, até porque ser igual ao que não conhecemos é meio difícil… e é aí onde encontro um dos nossos maiores erros.
Nem tudo é como pensamos, claro, porque se fosse ... E o desconhecido ainda é muito grande? Melhor não perder tempo com isso, já que ele é desconhecido...
Tenho em mim a vontade de conhecer culturas diferentes ( de açúcar, de café… ) cada diferença, isso faz muita diferença.. por que é na diferença onde eu encontro referências pra saber o que é bom e o que é ruim e em geral vejo que isso é ruim…
É no outro lado que posso enxergar de longe ainda mais com binóculos apropriados.. e ter uma vista panorâmica do que eu vivo... como vivo.. e como existem coisas além do que eu posso ver, tipo fantasmas e coisas assim…
Eu realmente não estou disposta a morrer sem conhecer o mundo que é meu, embora não seja só meu – sem questionar o conceito de propriedade.
Já parou pra pensar que o mundo é seu? e que vc tem permissão de andar por onde vc quizer? Quer dizer, não é bem assim..... mas gosto de falar assim. Existe a sua casa... e resto do mundo é um grande quintal .. pra falar a verdade.. é uma coisa assim de quem não tem noção das coisas....
Não me conformo com a idéia de passar pela terra e não conhecer o que é meu… passar como alguém que não deu valor ao que tinha… ir embora como alguém que não conheceu porque foi covarde.. ou por simples comodidade, o que não deixa de ser uma boa sacada.
Além disso .. existe outra coisa que é muito mais importante do que conhecer o mundo… o externo… os lugares.., é parar de escrever bobagens.
Quero descobrir a mim, não assim como Cabral descobriu Brasil, talvez uma enorme endoscopia e uma colonoscopia filmadas me revelem coisas a meu respeito e me ajudem a saber como sou eu vista por dentro mesmo.…
Na verdade… acho que esses dois fatores se encontram com perfeição… porque é no desconhecido que me conheço.. e o desconhecido está onde vou estar.. no que eu ainda vou fazer… quero saber o meu limite, a minha derivada e a minha integral… numa viajem onde eu não sei nada da língua nativa , mas sei uns termos de matemática.. e me virar..ou então mergulhando na imensidão de um mar, ou voando de paraquedas.. (descobri um paraquedas que voa.... ) correndo o risco de despencar em queda livre.
É incrível como viajar pra outro país me deixa confusa, a língua estranha, o fuso horário, fico prostrada e caindo de sono sem saber o que as coisas são, ainda mais se questionarmos os conceitos sobre coisas que são ainda são muito pobres… e que temos muito que aprender, principalmente parar de escrever o que vem a cabeça…
Não há nada como tudo em matéria de principalmente.
Karpot
Enviado por Karpot em 03/10/2012
Reeditado em 12/12/2013
Código do texto: T3913197
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