Conversa Afiada - In contos

Dias destes, sempremente, surpreendo-me a conversar com vocês e,

frequente vezes, conversas sem rumo como a conversar com os botões que não admitem vírgulas nem ponto final, pulando de um assunto a outro, vezmente, retornando ao mesmo assunto do início e partindo por outros caminhos de ideias tantas que se atropelam, colidem, abatem-se sem que haja uma vencedora triunfal.

Imaginem comigo.

Depois de muito pensar concluí que a matemática é fácil de manipular, vejam, por exemplo, a metade de 5 é 3. Isto é fato e contra fatos não há argumentos possíveis. Contem comigo : 1 , 2, 3, 4, 5. Qual , exatamente, é o número do meio ? ?. Contou ? ?. Você é perspicaz, o número é 3, portanto, metade de 5 é 3.

Como daquela vez em viagem de ônibus para o interior de São Paulo.

Lá no longe, avistava-se um montículo de repleto verde. O ônibus ao

aproximar-se revelou-se-nos, no entanto, imensa montanha. Como,

diabos, aquilo cresceu tão rápido ? ?. Pode ser a ausência de um oftalmologista e óculos. Dir-me-ão vocês : - BURRO, isto é, apenas,

algo de ótica e blá...blá...blá. Tá, brigadão.

Algo interessante, mais interessante, interessantíssimo. Repare bem como ao longe o oceano se encontra com o céu. Os antigos, bem an-

tigos, acreditavam ,por isso, que a Terra era plana, pois, além da linha

do horizonte nada se via, e concluia-se apressado ser ali o fim do mundo.

Crie em sua mente essa imagem e veja-se em um navio rumo a uma linha incógnita e perceba você despencando mundo afora. Você, literalmente, cai do mundo, para onde ? ?. Sei lá. Parei aqui,.

Havia um amigo, que sempre dizia : - Pare o mundo que eu quero

descer. Mal sabe ele, coitado, que já tentei inúmeras vezes, se hoje ele parar , não me culpem, porque usei o verbo tentar no passado.

Há, também, o estímulo de um velho poeta : " - Tudo vale a pena se a alma não for pequena". Coisa mais difícil é olhar para si mesmo e ver o que, realmente, somos, normalmente, vemos o que estamos ( como

reflexo no espelho ), mas,nem sempre, o que vemos nos agrada. Daí,

trocamos de roupa,mas não do que somos.

Atente, pois, para as suas ideias geratriz de ações, atitudes que caracterizam sua individualidade.

Mas, guarde em você :

- Ainda estamos nas cavernas olhando sombras e interpretando-as como realidades. Concordo com Platão. Eu disse Platão, e, não Pratão. Ouvi-me, mulheres.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 18/09/2012
Reeditado em 08/11/2012
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