PAPAGAIO DE PIRATA
Em qualquer solenidade
Seja em salão ou em praça
Uma certa aparição
Já me parece pirraça...
Sempre ao lado de celebridades
Com portes fartos e garbosos
Esses anônimos “famosos”
Os papagaios de pirata
Numa imagem de t.v
Ao se olhar fotografia
De um evento ou concentração
Sempre lá, está um alguém
Conhecido de ninguém
O tal famoso “bicão”
Fico até imaginando
Se acaso em um mesmo evento
Se encontrassem esses elementos
O que viria acontecer?
Todos eles se empurrando,
Feroz batalha travando
O espaço conquistando
Pra melhor aparecer
São figuras pegajosas
Tremendos caras de pau
São penetras, são gabolas
São reis da picaretagem...
Essa praga que assola
Estragam a nossa memória
Nossas belas recordações
Produzidas em fotos e filmagens
Aqui deixo o meu protesto
Neste curto manifesto
De combate ás bravatas,
Caras de pau, vira-latas
Esses babacas confessos
Transcrito aqui nestes versos
Aos “Papagaios de Piratas”
Poeta J. Pinheiro
Do seu Livro "Meus versos, minha vida"