Memórias do Conde d'Eu

(apócrifas)

Cheguei ao Brasil, em 1860, junto com o primo Luis Augusto (maganão) prometido à princesa Leopoldina - uma locomotiva ! irmã da princesa Isabel - uma carroça.

E não é que a Leo quis o Luís e eu - fiquei com o trem !

Assim, tive que pedir a mão da Bebel em 18 de setembro de 1864. É, lembro a data direitinho.

Casemos na Capela Imperial, do Rio de Janeiro,(o Pedrão Impera de olho) em 15 de outubro de 1864 (não esqueço !), afinal, no mesmo dia partimos em lua de mel (quem foi o bendito que inventou essa expressão ?) para Petrópolis e ainda não tinha cerveja Bohêmia!

Pelo menos, no começo de 1855 viajamos para a Europa (Graças ao bom Deus !). Lá, Bebel conheceu meus pais: Augusto e Clementina (juro!) de Orléans.

Então, daí prafrente, ao que me lembro, foi um longo período até que o navio Massilia naufragou em 1922 e eu - glub,glub,glub.

Claro que antes, comandei as tropas brasileiras (eu,belga !) na final (Brasil 3 x 0 Paraguai) da Guerra do Paraguai. Foi moleza, mas Bebel achava que eu estava a traindo com as paraguaias (que pérfida!).

Se vocês acham que minha vida foi um mar de rosas antes da banheira do Massilia, não tem idéia do que passei com Bebel quando ela engravidou na nossa viagem de retorno da Europa ao Brasil e depois a criança, Luiza, nasceu morta. É por isso que até hoje não posso ver nem barquinho de papel.

Isto para não falar que encontramos Leo com tifo, na Europa, e, juro, não foi tifodeu.

(continua)

mas sem a Isabel nua

Zulcy Borges
Enviado por Zulcy Borges em 07/09/2012
Reeditado em 10/09/2012
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