A CULPA FOI DO SMARTPHONE!

Este meu presente texto, a princípio seria uma crônica de humor, todavia está mais para um conto do cotidiano posto que eu não participei da história, apenas a transcrevo (com nomes fictícios) depois duma narrativa de algo que trouxeram a mim, e de fato, foi algo tão inusitado que eu gostaria de compartilhar o ocorrido aqui no Recanto.

Achei o fato engraçado mas antropologicamente bem ilustrativo para os dias de hoje, um figurativo alerta , um aprendizado aos pais e educadores.

Que o leitor tire as conclusões que melhor lhe couberem.

*Naquela manhã a mãe dum garotinho de cinco anos lhe informava assim: "filhinho, hoje você não vai a escola porque temos médico agendado".

A criança, no auge da sua pretensa inocência -aquela de antigamente- muito inconformada, na maior das "birras", informou a mãe que não poderia faltar às aulas porque naquela manhã seria passado "de novo" um filminho muito importante na escola e que seus amigos disseram que ele não poderia perder.

Como a mãe não havia sido informada pela escola do tal "evento cultural", claro que estranhou, então tentou tirar algumas informações do seu filho para depois checá-las na escola.

Foi quando a criança assim lhe explicou: "mamãe, é que "no dia do brinquedo" a minha amiguinha Aninha trouxe um filminho lá no celular novo dela, que tinha um homem todo pelado e uma mulher fazendo assim...assado...foi o Juca que descobriu o botão do filminho, mamãe"

A mãe perdeu o fôlego depois do que ouviu e claro, imediatamente desistiu da consulta do pediatra e foi direto para a escola tomar justificadas satisfações.

Contando o ocorrido à diretora e à professora, que obviamente nada sabiam, o fato foi esclarecido pelo Juca, um dos seis amiguinhos da turminha do filme, o que era mestre nos botões dos aplicativos dos mais novos modelos de SMARTFONES do mercado.

Aninha, a menina de cinco anos, havia "emprestado" o SMARTPHONE do pai e sem que ele soubesse o levou para os "joguinhos" do "dia do brinquedo".

E foi assim que o celular do pai da Aninha ficou famoso na escola inteira.

Então, imediatamente convocaram a mãe da Aninha para lhe prestarem informações do ocorrido e também para alguns depoimentos, mãe que também não sabia nem do "dia do brinquedo, nem do celular e muito menos do aplicativo com o tal "filminho" que lá havia.

A diretora, preocupada com a repercussão do filme no psicológico das crianças, apenas ouviu um questionamento desesperado da mãe de Aninha, algo bem no automático:

"Era o meu marido?- Eu mato ele...se for!"

E logo a seguir a torturante resposta: "Minha senhora, nós não vimos o filme...convém a senhora investigar sobre do que ali se trata.

E Aninha só chorava...

"Aninha, cadê o celular do seu pai?" perguntou a mãe irritada.

"Mamãe, a culpa é do Smartphone, eu já devolvi ele lá no lugar, não é culpa do papai..."

Já eu, particularmente acho que a culpa é dos dedos do Juquinha. Ou seria da diretora? Ou a culpa seria do "dia do brinquedo"?

Que mundo!- esse atual mundo de tantos botões!

Em pensar que há bem pouco tempo o joguinho mais emocionante para as crianças era o entediante futebol- de -botões...