CASSETADAS ITALIANAS

QUANDO EM VIAGEM PELA ITÁLIA, EM UMA “ANDATA INTRA-UTERINA”, EM BUSCA DE ANCESTRAIS, PRESENCIAMOS UM CASO DIGNO DE NOTA. SENÃO VEJAMOS:

“ESTÁVAMOS EM CAPRI, NUM BARCO, QUE AGUARDAVA EM FILA, AO LARGO, À ESPERA DA NOSSA VEZ DE EMBARCAR NAS PEQUENAS CANOAS QUE NOS LEVARIA À DESLUMBRANTE “GROTTA AZURRA”.

QUANDO UM GRANDE BARCO DE TURISTAS JAPONESES, IA COMEÇAR A ENVIAR SEU PESSOAL, UM JOVEM ITALIANO ENCOSTOU SUA CANOA JUNTO À ESCADA, UMA PEQUENINA SENHORA, BEM PRODUZIDA, TODA FAGUEIRA, COLOCOU SEU PEZINHO NA CANOA, DEU A MÃO AO CANOEIRO, E...O MOVIMENTO DO MAR, QUE PASSAVA POR UMA MAROLA, AFASTOU A CANOA DA GRANDE EMBARCAÇÃO, E ELA FICOU COM UM PÉ NO DEGRÁU DO NAVIO, UMA MÃO SEGURA PELO MARINHEIRO E OUTRO PÉ, NO FUNDO DA CANOA E A OUTRA MÃO SEGURA PELO JOVEM ITALIANO. FOI UMA AGONIA SEM FIM. A CANOA SE AFASTANDO COM O AGITO DAS ONDAS, E A JAPONEZINHA SENDO “DIVIDIDA AO MEIO”. FOI UMA GRITARIA SEM FIM. LARGA, NÃO LARGA, ATÉ QUE, FINALMENTE O MARINHEIRO SOLTOU A MÃO DA MULHER, QUE RODOPIOU, QUASE CAIU NO MAR; MAS, O RAPAZ DA CANOA, NUM PUXÃO MAIS FORTE, LANÇOU-A DEITADA NO FUNDO DA SUA CANOA. TODOS RESPIRARAM ALIVIADOS, INCLUSIVE A NIPÔNICA, QUE ACENOU NUM SORRISO AMARELO, PARA SEUS COMPANHEIROS DO NAVIO.”

VICENTE DE PAULO CLEMENTE.