Nem sempre os homens famosos ficam com a última palavra.
RUDYARD KIPLING, poeta e romancista inglês dos mais famosos, Prêmio Nobel de Literatura de 1907, teve grande popularidade em sua época, e seus autógrafos eram muito valorizados. Certo dia, ele recebeu de um seu admirador americano a seguinte carta:
"Caro senhor Kipling, disseram-me que o senhor está vendendo literatura a varejo, ao preço de una dólar por palavra. Estou enviando com esta a importância de um dólar para que tenha a bondade de enviar-me uma amostra."
Em resposta, Kipling, guardando o dólar enviado, escreveu:
"Obrigado."
O americano, dias depois, tornou a escrever-lhe nos seguintes termos:
"A anedota do 'Obrigado' foi vendida por mim pela quantia de dois dólares. Estou enviando quarenta e cinco cents, que é a sua parte no negócio, deduzido o valor do selo."
Como se vê, nem sempre os homens famosos ficam com a última palavra.
(Do livro de Nair Lacerda, Grandes Anedotas da História.
Ed. Cultrix, São Paulo.)
ALMANAQUE DO PENSAMENTO - 1991
pag. 148