Revolução da culinária popular

O feijão amigo se misturou com o arroz de carreteiro, a farofa de banana quis entrar, o quiabo comunista reivindicou e todos foram visitar o vatapá, que chamou o caruru com seu quiabo anarquista, que por sinal arranjou um palito para o churrasco de gato, o pessoal do porco a pururuca arranjou uma faca para o picadinho paulista, a feijoada completa passou numa carrocinha e chamou a turma do cachorro quente, que por sinal chamou a carrocinha de beijou, pipoca, churros e o pessoal do acarajé, disse que só iria, se a cerveja gelada fizesse parte do movimento. Foram todos de palitos na mão, a turma do guardanapo apoiou, o pessoal da quentinha estava a dispoisção, disseram que a maionese dividia o movimento, os industrializados fizeram uma reunião sindical e ficaram em cima do muro. Todos foram pra frente de uma grande rede de fast-food. Abaixo o fast-food!... Abaixo o fast-food!... A tropa do supermercado chegou, baixando o sarrafo e deu de cara com o PF - prato feito. Arremessaram tomates, ovos podres, a confusão era geral, saí de lá cheio de katchup, digo, extrato de tomate, ninguém sabe como ficou de olhos ardendo e lágrimas nos olhos, dizem que foi spray de cebola, até hoje o pessoal da pimenta reivindica a autoria. Só vi pela televisão o pessoal do fast-food falando que estava com a razão, a midia só mostrou os estragos feitos... não sei que angu de carrosso foi o final.