O FANHOSO

Estava na fila esperando a minha vez em ser atendido pelo frentista de posto de gasolina. Quando chegou a vez de um sujeito que estava a minha frente, ele desceu do veículo e disse para o frentista:

_Enhi o nhaqui, ôr nhavor! (tradução: enche o tanque, por favor!).

O frentista não se conteve e caiu na gargalhada. O fanhoso, funcionário de uma empresa conhecida na cidade, indignado, começa a xingar o frentista:

_Inho de unha nheguam! Inho de unha unta! Aim dã o ú!( melhor nem traduzir).

Espumando de raiva, o fanhoso foi à gerência reclamar do frentista despeitado. Ao encontrar o gerente do posto, o fanhoso começa a reclamação:

_Inheu enho nheclamam du nhetistam. Inhelem iu dã inha anhosidadi. (traduzindo: Eu venho reclamar de um frentista. Ele riu da minha fanhosidade.).

O gerente não entendeu nada que o fanhoso disse, mas deduziu do que se tratava. Chamou em seguida o frentista gozador e o advertiu na frente do fanhoso. Satisfeito com a bronca, o fanhoso foi embora sem abastecer o carro. Quando o fanhoso partiu, o gerente e o frentista caíram na risada.

Certamente o fanhoso jamais retornará ao posto de “inhos da unta”