A prisão do poeta assassino
“Dibaixo da larangeira,
Com o vento a cantarolar,
Dei meu sorriso banguela,
E nós decidimo se amar”
Mas eis que o poeta se cala,
sua caneta se vai com uma bala,
E uma voz muito descontente,
Dá-lhe voz de prisão de repente.
“Por acaso é proibido amar?”
Pergunta o poeta amante.
“Não” responde a voz num rompante.
“Só não pode o português assassinar”.