Belo Horizonte
Belo Horizonte é a maior cidade de Minas Gerais, o que não quer dizer muita coisa.
Se a Austrália é a maior ilha do mundo, Beagá é a maior roça descoberta do planeta. Ainda que esteja repleta de tecnologia e avanços, como o último lançamento da carroça voadora, puxada por um jumento mecânico alimentado a fusão nuclear.
As diversões dessa população se restringem a “psiá no chópi”
A distância da praia torna os habitantes da cidade profundamente infelizes, deprimidos e paranóicos, somente em dezembro os beaguenses viajam para o litoral (não para a praia) no Espírito Santo, onde ficam satisfeitos em chamar aquilo de mar e aquilo de areia, visto que, em Beagá, areia é só de construção e água salgada é só pra macarrão no domingo.
Belo Horizonte é menos poluída que São Paulo, menos violenta que Recife, menos zoneada que o Rio de Janeiro, tem menos baianos que Salvador e é mais perto que Goiânia.
Em BH não há aeroporto internacional. A dois dias de distância fica localizado o Aeroporto de Confins do Judas, cujo nome não poderia ser mais apropriado.
Em Belo Horizonte, fala-se um dialeto incompreensível para qualquer pessoa alfabetizada em português. Só existem duas vogais - I e U - e todas as demais devem ser substituídas por alguma sonoridade vagamente semelhante a ð. É proibido dizer todas as sílabas de uma palavra, e o plural é considerado falta de educação. Todas as frases devem terminar com “sô”, “uai” ou, caso seja aplicável, com “dimais, sô”.