A CIGARRA E A FORMIGA
Odir Milanez
Num folhetim de feira eu li, que, um dia,
inverno rijo, de natura morta,
de uma formiga alguém batendo à porta
pede socorro, em meio à noite fria.
Era a cigarra, que depois sorria
quando a formiga lhe ofertava a horta:
- A sua horta agora não me importa.
Vim aqui dividir minha alegria.
- Cantava na boate por um prato,
quando o dono comigo fez contrato
pra cantar em Paris. Eu vou segunda!
E se vai. A formiga, em meio ao mato
cortado no verão, diz ao retrato
de La Fontaine: - Vá tomar na bunda!
JPessoa-PB
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
Odir Milanez
Num folhetim de feira eu li, que, um dia,
inverno rijo, de natura morta,
de uma formiga alguém batendo à porta
pede socorro, em meio à noite fria.
Era a cigarra, que depois sorria
quando a formiga lhe ofertava a horta:
- A sua horta agora não me importa.
Vim aqui dividir minha alegria.
- Cantava na boate por um prato,
quando o dono comigo fez contrato
pra cantar em Paris. Eu vou segunda!
E se vai. A formiga, em meio ao mato
cortado no verão, diz ao retrato
de La Fontaine: - Vá tomar na bunda!
JPessoa-PB
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
Obs: Jean de La Fontaine, famoso fabulista francês (1621/1695), autor de "A Cigarra e a Formiga".