"DESCONFORTO SOCIAL"
O calor humano forçado pelas proximidades dos corpos,
Exalando diferentes perfumes de desodorantes variados,
Na disputa por um ar menos comprometido no espaço morto,
Asfixiando pulmões que já não se contraem no ambiente fechado.
As pessoas se tornam coisas indesejáveis, meros objetos,
Que se misturam perdendo cada ser a própria identidade.
É a batalha do cada um por si, melhor é ficar quieto,
Já que o mínimo movimento levantará um clamor de necessidades.
Nesse vai-e-vem de corpos suados em sinestesias
Ocupando espaços vazios, superlotando-os à revelia,
As fragrâncias são comprometidas por outros cheiros exalados.
E todos se veem embalados numa mesma ou provável direção,
Num desconforto social tal lata de sardinha, mas é uma condução,
Que leva os passageiros aos mais distantes lugares aglomerados.
(ARO. 2012)
O calor humano forçado pelas proximidades dos corpos,
Exalando diferentes perfumes de desodorantes variados,
Na disputa por um ar menos comprometido no espaço morto,
Asfixiando pulmões que já não se contraem no ambiente fechado.
As pessoas se tornam coisas indesejáveis, meros objetos,
Que se misturam perdendo cada ser a própria identidade.
É a batalha do cada um por si, melhor é ficar quieto,
Já que o mínimo movimento levantará um clamor de necessidades.
Nesse vai-e-vem de corpos suados em sinestesias
Ocupando espaços vazios, superlotando-os à revelia,
As fragrâncias são comprometidas por outros cheiros exalados.
E todos se veem embalados numa mesma ou provável direção,
Num desconforto social tal lata de sardinha, mas é uma condução,
Que leva os passageiros aos mais distantes lugares aglomerados.
(ARO. 2012)