O TARADO NO ÔNIBUS E O DELEGADO NERVOSO
O ônibus estava superlotado. De repente uma senhora de certa idade começou a gritar:
-Tarado, tarado, motorista, pare o ônibus!
O motorista encostou e a mulher gritava histérica:
-Esse tarado me passou a mão! E apontava para um rapaz alto de boa aparência.
O rapaz assustado disse:
-Essa mulher está louca!
O motorista resolveu levar todo mundo para a delegacia. Cidade pequena, logo encostou o veículo na porta da delegacia. O motorista chamou o policial que estava de plantão para tirar o cidadão do veículo. A vítima desceu também e foram parar em frente ao delegado. O Delegado era novato na cidade. Estava irritadíssimo, fora transferido para aquele fim de mundo em castigo por a buso de autoridade. Estava em ponto de tirar veneno. Ele pensou:
-Minha primeira ocorrência e dou logo com um tarado... vou lavar a alma...
Perguntou a vitima o que havia acontecido. Ela disse:
-Seu delegado esse tarado ficou o tempo todo encostando em mim, em dado momento passou a mão nas minha nádegas...
O sujeito disse:
-É mentira, essa mulher é doida!
O delegado mandou o escrivão lavrar a ocorrência, arrolou as testemunhas e mandou que todos se retirassem, a exceção do acusado. Após a saída do pessoal, recomendou aos policiais de plantão:
-A coisa que mais me irrita é deparar com um tarado, um cara boa pinta, assediar um bagulho daqueles... Desçam a manguara nele...
Dito e feito, os soldados deram uma coça no coitado. Certo tempo depois, chegou à delegacia um casal procurando o delegado. Após as apresentações o sujeito falou:
-Doutor, está preso aqui um cidadão acusado de bolinar uma senhora?
-Sim, está.
-A senhora em questão é minha tia...
-Não se preocupe, já mandei dar um corretivo no tarado...
-É por isso que estamos aqui, doutor, o acusado é inocente...
-Como é?
-Doutor, se Freud fosse vivo ele explicaria melhor, minha tia, é uma solteirona, meio recalcada, parece que tem carência afetiva, ela tem uma fantasia que todo homem de boa aparência, tem desejo por ela... Não é a primeira vez que ela faz isso.
-É, o rapaz é um sujeito até sacudido...
-Então doutor, pode soltá-lo, isso é arrumação dela...
Assim que o casal saiu o delegado ficou ruminando:
-Essa agora... como vou justificar a surra que o coitado tomou...
Mandou chamar o cidadão e sem perder a empáfia disse:
-Dessa vez passa, vou soltá-lo, mas não faça mais isso...
E o coitado ainda se deu por satisfeito, saiu como se houvesse aberto a porta de uma gaiola para um passarinho... Nem olhou para trás...
* * *