A ESPERTALHONA E A BONACHONA



Em todos os níveis sociais nós nos deparamos com os espertinhos de plantão.
Dona Irinéia, uma senhora de 60 anos bonachona, lavadeira, avó de três netos que criava com amor, depois que sua filha, foi morar em São Paulo, na esperança de melhorar de vida, esposa de Zé da carroça, vivia as voltas com sua vizinha, d. M. de Cachoeiras.

M de Cachoeiras era toda pomposa, criava os filhos no melhor colégio do bairro, viajava muito, e entre uma viagem e outra batia na porta de dona Irinéia para contar as vantagens das viagens e filar uma coisa ou outra:

_ Bom dia vizinha, a senhora tem uma xícara de açúcar? E levava a xícara e o açúcar.

Isso acontecia dia sim outro também, e a vida seguia.

Certo dia em que d. Irinéia, bonachona mas humana, estava sem açúcar e sem paciência:

_Boa tarde vizinha, acabei de chegar da cidade, fui comprar o sapato do Tavinho, que danado de sapato caro! 500 reais.

_Caro mesmo, d. Cachoeiras, com cem comprei os sapatos dos meus três netos.

Espertamente, d. Cachoeiras:

_Falando em cem, d. Irinéia, a senhora tem uma xícara de açúcar? Eu queria bater um bolo e estou sem.

Mas que depressa d. Irinéia:

_Ainda bem que a senhora queria, porque hoje aqui, estamos sem xícara, sem açúcar, sem nota de cem.




Por VERAYEVA LUCENKA, Miinistra do Direito a Liberdade do Reino de Gorobixaba. BEIJOS DE AMORHUMOR!