Os homi di A a Zé




Rozinha , qui morava pras banda du brejo
du Macacu atolado, orviu dize di dum tar
di arfabeto di A a Zé, intuam ela mossa
letrada, danada , resorveu iscreve o dela também.....
Antão vamo ve nu ki deu.......  


A- Alembrou  di Adão.
Foi  lá  na bera du rio qui  viu Adão.
O moço era artu , forte.
Mas era vesgo, manco e bobão.

B -Dispois viu Bertrão.
Ai cumpra  na venda du Bertrão.
Era sortero, tinha dinhero.
Mas veió, muquirana e gordão.


C- Recordou  da careca di Carmelo.
Um Biete qui recebeu.
E atrais da igreja  foi.
A briante carece reconheceu...


D- Vortando na beira rio viu Danio.
Era moçu ajeitadu, fala esquisita.
Só quiria sabe di pega na vara.
E nunca oiava pra nenhuma piriquita.


E- In siguida avistou Epifanio.
O touro pelo chifri sigurava.
Já namorava ,o pobre.
Num sabia quanto chifre levava.


F- Resorveu fala di Fabriço.
Di longi a curiosida dela aguço.
Ai incuntrou  uma veia fofoqueira.
Discubriu que era forgado e pinguço.


G – Eita o ki dizer di Giocondu.
Omi , iducado, mas estranhu.
Só falava di futebor, cerveja.
Ainda pur cima era vesgo e fanhu.


H- Num baile cunheceu Honirdu.
Moçu ajeitado, mas seu jeitu.
Pintava o cabelo fazia unha.
I rebolava ,  cheio di trejeito.


- Foi falar di Igirdo.
Mas só quiria sabe di jogatina.
Era viciado,  tava perdido.
I num jogo perdeu até as butinas.


J- Oia alembrou  du Juião.
Essi mosso si dizia o tar.
Lutava boxe, mas apanhou.
Hoje fala fino e come mingar.


K- Essa letra é di Karlão.
Caboclu que se dizia macho .
Falava grosso, mas pasmi!
Lisava o cabelo e fazia depilação.


L-Nussa ressorveu falar pra Lucinor.
Que  tava toda prosa cheia di amor.
Mas , qui disispero ele num funcionava.
Foi uma noite di dispirdicio. ki horror!


M- Murilo era cantor.
Tocava violão, fazia serenata.
Dexava as mossa doida.
Mas ele num atava nem disatava.


N- Ai lembrou do Nestor.
Di noite, cunheceu ele num muro.
Pensou ki ia apaga o fogo.
Ele tropeço, caiu, Qui furo!



O- U cinema com Odenor.
Num escurinho du cinema .
Pensu, mi dei bem.
Mas ele só quiria fala da Ema.


P- Puxandu a mimória limbrou di Penildo.
Ixe maria! I Di tudo qui é letra P, puxa!
Perna, permito,  p... (periquita)
Pensou besteira sô! E puxa e repuxa!


Q- Agora é a vez di Quirinu.
Pensou que ia ser a maio festa.
Da cama pra rede e vici versa.
Mas ficou tentando lambe a testa.


R- Vixe ai apareceu Risolino.
Risu sorto, magro, carça froch., 
Mas num quiria sabe di trabaio.
Botou pra curre pois, num era  troxa.


S -Ai resorvi falar di Salomão.
Pensou  que era homi sério.
Sentou na mesa, e fez barulho.
A abroba deu nele um revertério.


T – Foi a vez di Teófilo´.
Quiria junta os trapos ter juízo.
Mas o caboclu num largava a sogra.
Dizistiu, a véia ia da prejuízo.


U- Vixe é a vez di Uberti.
Viu ele dentro  da igreja.
Religioso, quase um santo.
Mas do jeito ki  num desejava.



V – Di Vencilau.
Vinceslau rimo com Nho Bilau.
Mas bebia chutava o gato.
Era grasso, e cherava mau .



X- Xi agora e o xandi.
Xandi só di carro véio
Di braços forte, perna torta.
Ai desistiu, i pediu arreio.


Z- Me alembrei du Zé-Ruela.
Ixe , tenho qui ficar cum alguém.
Infim penso no Zé Ruela.
Afinar aqui num sobrou ninguém.


 


 Dueto de Ricardo Vichinsky e Su Aquino


 

Su Aquino
Enviado por Su Aquino em 27/05/2012
Reeditado em 27/05/2012
Código do texto: T3690115
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