"EROS E PSIQÊ" (PARÓDIA)
"PARÓDIA"
Mentirologia de mineiro
Quero deixar claro que a história de psiquê na mitologia grega, é um dos mais belos contos já produzidos na antiguidade e embora não se saiba com exatidão quando surgiu o primeiro relato, ele poderá ser lido em muitos sites de história na rede. A idéia de contar aqui na Grande Imprensa deste meu jeito mineiro e descontraído é apenas para chamar a atenção de quem lê os contos do trovador, para uma história que é linda e de graça na internet. Desculpem o mau jeito “Afinal... é mitologia. E mentira, ganha quem conta a maior”.
“PARÓDIA”
DE
EROS E PSIQUÊ
Existiram numa certa época na Grécia, três moças de tão encantante beleza que o nome dos seus pais, um rei e uma rainha, não aparecem tanto nos relatos sobre a história de Psiquê a importância do conto está só na beleza da moça. Na verdade nem os nomes das duas irmãs aparecem em nenhum relato “que eu li”, delas só se sabe que eram belíssimas e que mais belas que elas, só Psiquê; A irmã mais moça e Afrodite a deusa, o eram.
Acontece que “Psiquê” era tão bela que a rapaziada grega começou a dar a ela uma importância maior que a própria Afrodite, aliás, ela passou a ser considerada a deusa. Os moçoilos gregos estavam acreditando ter ela resolvido dar uma colher de chá e encarnar no corpo de uma mortal para dar uma experimentada nos meninos gregos, por que os deuses estavam velhos e todos eles só funcionando na base do viágra. Claro que isto era o sonho da rapaziada, onde já se viu... Uma gata que nem Afrodite ia dar mole para aqueles caboclinhos tostados de sol com cor de frango assado, de jeito nenhum, deusas só para deuses, velhos ou não.
Mas, boatos que tem comida de graça é que nem fogo de morro acima, espalha numa rapidez impressionante. Foi assim: em poucos dias os templos dedicados à deusa e antes muitos freqüentados, ficaram no maior abandono. Quem morava lá eram baratas, morcegos e os que estivessem a fim de fazer um vem cá meu bem que eu tô precisando e estava sem grana para pagar o motel, estes se desapertava por ali, no mais era igual maracanã em fim de ano, maior abandono.
Afrodite vendo aquele descaso ficou “p” da vida com Psiquê, e mulher com ciúmes sai de baixo. Mandou chamar Eros, seu filho, fez um rango caprichado para agradar o deus cupido e aí depois da sobremesa que o caboclinho mais gostava e era pudim de chocolate, fez o pedido. “É que deuses, mesmo sendo de mães, não vão recebendo todas as ordens têm que adoçar primeiro”. – Meu filhote: tem uma moça lá na terra metida à bela e está fazendo uma afronta à sua mamãe. Quero que meta uma flecha nela com feitiço para ela se apaixonar pelo primeiro vagabundo que ela ver quando acordar, ah vê se consegue um cabra bem magrinho e do pinto pequeno que é para sacanear mais.
Eros, era um moleque travesso e já gostava do que não presta, passou a mão no arco, preparou umas flechas no capricho e partiu para cumprir a missão. Entrou no quarto da moçoila casadoira e se preparou para espetar a flecha na bunda da menina. Mas, estava fazendo calor, a moça se virou na cama e aí o caboclinho viu o quanto à garota era linda. Donzelo ainda começou numa tremedeira, se enrolou todo e em vez de espetar a moça, espetou sua mão e ficou apaixonado pela beleza de Psiquê.
O rapazinho ficou apertado, morrendo de medo por que os deuses quando recebem uma missão e não fazem direito, dizem que apanham para cacete, um amigo meu, Jornalista lá da Bahia me contou que o castigo nestes casos, é um banho de tapioca bem docinho no caboclo peladão, e depois colocam o cabra em cima de um formigueiro de viúvas vermelhas e pode até não ter sido o caboclo quem fez a arte, que em cinco minutos ele confessa. Fui eu pode me prender, eu recebi o primeiro mensalão, sou o maior vampiro da máfia das sanguessugas, fui eu que carreguei dinheiro na cueca.
Gente o que meu amigo jornalista da Bahia tem a ver com Psiquê? Desculpe companheiro, falha nossa. Mas mesmo com medo o tesão falou mais alto e o rapaz espetou a moça com outra flecha, com um encanto que dai por diante, ela só poderia se casar com um dos deuses. O moleque era esperto, deuses solteiros só tinham ele e Apolo - Apolo estava noivando e muito apaixonado, então a gata ia ficar com quem? Com ele, claro!
Bem depois de resolvido este problema foi enfrentar a mamãe Afrodite, que só não matou o infeliz, por que o pai de Eros era uma fera, mas meteu um feitiço no menino, que era para ele sempre ter aquela cara de menino de dezessete anos, gente, querem pior castigo do que este? O pobre Eros morria de vergonha, deixava uns pelinhos crescer para ver se ficava mais com cara de homem, virava gozação de todo mundo, coitado era motivo de chacota de todas as deusinhas do Olimpo.
Afrodite por uns tempos esqueceu-se de Psiquê, mas na terra as coisas não paravam, o pai da menina achava muito estranho, que ela sendo mais linda que as irmãs, não tivesse se casado ainda, coisa que as irmãs já tinham feito à muito tempo, e olhe... Casaram-se bem! Com maridos ricos, com títulos de reis, enquanto que a pobre Psiquê, estava ficando para titia.
Eros cada dia mais apaixonado, ficava pelos cantos do olimpo triste e choramingando, eu quero Psiquê e as deusinhas perguntavam: pra que, não está vendo as meninas, lindas deusas do olimpo e a fim de dar para você? Mas ele chorava, eu quero é Psiquê, ô Psiquêzinha do meu coração cadê você? Venha para mim meu denguinho, eu to muito afim, estou precisando de você.
Como não aparecia pretendentes e a moça estava ficando velha, já estava perto de completar dezesseis anos. O pai resolveu apelar e foi até um oráculo famoso, tentar saber os motivos do desinteresse dos homens por Psiquê, “oráculo para quem não sabe, é como se fosse a mãe Diná adivinhava tudo”.
O oráculo depois de receber adiantado. Previsão já viu... “Se falhar o freguês não paga nem com oração de são Marco da orelha aparada”. Mas, rei tem dinheiro sobrando nem liga para mixaria, pagou e recebeu a oraculação. - Sua filha está condenada a se casar com o deus monstro que habita o penhasco tenebroso, deve levá-la a uma determinada colina onde uma serpente alada irá desposá-la, ela deverá ir vestida de noiva e ser deixada perto de um penhasco.
Acontece que Eros e Apolo eram amigões, e o oráculo que fez as previsões era justamente um cupincha do Apolo, ele aconselhou o rei fazendo exatamente o que mandara Apolo atendendo ao pedido do amigo. O rei ainda ficou alguns dias aguardando, mas por fim, a própria Psiquê que já estava com a perseguida coçando de vontade de partir para os finalmente, pediu ao pai para obedecer às ordens do oráculo e fazer logo o casamento, com a cobra peçonhenta. O lance da menina era uma cobra, com asas ou sem asas.
Foi assim que num sábado ensolarado o cortejo partiu e subiu a tal colina deixando lá à linda Psiquê abandonada. Sem mais nada para fazer, deitou e puxou a palha e foi aí que Zéfiro outro sacana amigo de Eros a encontrou e só não deu uns amassos na menina, por que se Eros fica sabendo ele levava flecha no traseiro. Carregou a menina e a deixou perto de um castelo e quando acordou, ela se viu cercada de vozes de seres invisíveis que diziam serem criados do seu dito cujo noivo e que ela deveria entrar e tomar um banho, pois ali seria sua nova casa. “Bem, numa destas até eu ia querer ser criado do castelo e ajudar a noiva a se esfregar”.
Tomado o banho, jantou e perguntou para os criados invisíveis aonde iria dormir, os criados acompanharam-na e ela colocou sua camisola de rendas transparentes, calcinha azul fusquinha, sutiã de rendas chinesa, batom básico, perfume júbt, deitou-se as luzes se apagaram, ela pensou... Só me resta dormir e se virou para o canto da cama disposta a cair nos braços de Morfeu.
Neste momento alguém se deitou ao seu lado, era um corpo cálido e perfumado, sentiu músculos rijos encostando-se a ela, braços fortes rodeando sua cintura, boca de hálito cheirando a folha de eucalipto, que a beijou com sofreguidão e a garota que estava com sede, bebeu daquela água como se fosse o vinho mais saboroso, à noite inteira ela se lambuzou e lambuzou e lambeu e foi lambida, comeu e foi comida, Imagine... Eros deixar para Morfeu é ruim heim.
E dai por diante, Psiquê foi feliz e de tão feliz... Não via a hora do sol se por para correndo deitar-se e ficar esperando o corpo chegar, e o corpo não falhava, todo dia mal o sol se punha, lá estava o cabritinho. Claro, “com dezessete anos todo garoto é um cabritinho”, eu? Fui! É faz tempo, muito tempo, mas fui! Hoje eu brinco ainda, mas bode velho brinca bem menos. Agora Eros, era uma fera! E deuses são bem feitinhos, quando sai alguma coisa errada o pai com todo poder que possui aponta o dedo indicador e zás, conserta na hora e Eros além de tudo enxergava colorido, tinha olhos azuis.
Mas, “quanto mais se tem, mais se quer” Eros tinha recomendado à Psiquê não tentar nunca ver seu rosto, pois aí o caldo ia engrossar. A jovem mulher ao invés de ficar na dela, não. Tanto atazanou a Eros, que ele acedeu aos seus caprichos e mandou Zéfiro buscar as irmãs de Psiquê para uma visitinha rápida. Zéfiro aproveitou e trouxe logo todo mundo, sogro, sogra, genro sobrinhos que vendo as riquezas da parenta, mulher de um monstro, resolveram dar uns conselhos para a garota. As irmãs instruídas por todos, “encheram a cabeça da menina!”
Aqui Psiquê... Você está sendo é besta, esta fera está é engordando você para quando estiver no ponto, ele te come e adeusinho para minha irmãzinha. Pense bem, deixa um lamparina de azeite debaixo do colchão e uma caixa de fósforos... “Será que tinha fósforo naquele tempo? Se não tinha, é mitolo-mentira mesmo”! Leve um punhal se for uma serpente, corte a cabeça do bicho e pronto. Depois nós vamos vir morar com você neste castelo, e com todas estas riquezas é só comprar uma meia dúzia de maridos e viver tranqüila e fazendo festa.
Psiquê relutou bastante, mas deu uma olhadinha nos pneuzinho na cintura, a barriga um pouquinho saliente, pensou... É minhas irmãs têm razão, vou ser comida de serpente se não der um jeito de matá-la antes. Preparou tudo e esperou a noite, depois de brincar bastante com a cobra, quero dizer com a cobra do Eros, pronto enrolou... Brincou de vem cá meu bem, pronto! Eros cansado do rala e rola eu em cima você em baixo, você na ponta eu nos pés, dormiu como um bebê e foi aí que na maior calma, Psiquê pensando não sei o quê, se danou.
Quando ela ascendeu à lamparina e viu o pedaço de mau caminho que era o tal monstro, um gato de dezessete anos branquinho, queimado de sol, um par asas que lhe dava o maior charme, ficou toda atrapalhada e na pressa de tentar consertar o mal feito, derramou azeite fervente no braço do caboclo que acordou e virou bicho. Já voou pela janela e disse: Ó mulher ingrata, traíste-me e agora vai voltar a viver com seus pais. Adeus vou para o boteco tomar umas e curar minha dor de cotovelos, Psiquê gritava não vá amado, volte, eu dou aquilo que você me pediu ontem, dou tudo, volte querido, mas... Eros se foi, ela cansada, sem esperanças e amaldiçoando as irmãs dormiu.
No outro dia ao acordar, a surpresa. Tudo havia desaparecido, ela acordou perto do castelo do seu pai, e com a maior vergonha por ser uma mulher largada... Por que, está errado? Largada do marido! E mulher naquele tempo largada do marido, morria de vergonha. Dai em diante foi morar de novo no castelo do rei seu pai, uma pobreza, um mau cheiro de penico sem lavar, os colchões mijados, não tinha criado nem invisível e nem visível, maior titica, aí que ela viu a caca que tinha feito, mas era tarde pra chorar.
Viveu um ano naquele mizerê, mas como era uma caboclinha resolvida um dia foi e pediu ao pai que a levasse no tal oráculo, e o pai que não estava gostando nada de ter uma filha largada pelo marido em casa, gente... “Era um fuxico que não parava mais”, resolveu e levou a filha ao oráculo. O adivinho era o mesmo da outra vez, após receber a grana oráculou: O único meio de você, consertar essa cagada, é ir procurar Afrodite e se humilhar reconhecendo que ela é mais bela do que você, sem alternativa, ela foi.
Claro que o raizeiro estava fazendo o que Eros mandara, mesmo que não fosse a moça iria procurar a deusa. Estava disposta a recuperar sua pretensa cobra, que agora ela sabia ser um pinto... Também não é preciso esculhambar o moço, só por que tinha asas vai chamando de pinto? Assim Psiquê foi até Afrodite e recebida com o maior desprezo pela deusa que antes de dizer qualquer coisa, deu uma boa examinada na menina e viu o quanto ela era bonita, mas quem disse que mulher admite que a outra seja mais bela, nana nina. Encheu a moça de defeitos, que isso, a bunda dela não é nem tão arrebitada assim, uns seios médios e o cabelo horrível, unhas cheias de cutículas que roupa descombinada credo, e a sandálias nem é couro, imitação de plástico e ruim.
Depois resolveu, já que a moça se abaixou para ela. Disse – Está certo, mas você vai ter que passar por três provas que eu vou lhe dar, aí ficou fácil, o Eros que não estava podendo voar, pois seu castigo tinha sido este, a mamãe mandou cortar as asinhas do cabrito e ele ficou de molho, mas, conseguiu ajudar Psiquê. Mandando os bichos seus amigos fazerem as tarefas.
Afrodite até percebeu, que o caboclinho estava ajudando e só por isto ainda inventou mais uma prova, mas já sabendo que ela ia fazer ajudada por Eros. Meio a contra gosto, perdoou Psiquê, porém, não queria dar a permissão para o casamento. Aí Eros foi até Júpiter, que gostava dele como um filho. Não sei... “Se Jupter era o pai, estava na escondida”. Sei que Júpiter foi até Afrodite e depois de algumas palavras o gigante saiu e falou para Eros: - Pode se casar com a moça, mas, antes tome esta ambrósia e este néctar, assim se tornará também uma deusa, e como deusa Afrodite irá aceita-la sem reclamações, falou e deu uma olhadinha para a deusa, como a dizer: - fique na sua Frofró, seu rabinho está preso comigo.
Afrodite ficou meio sem graça, ser sogra era uma merda, mas o grandão era poderoso e acho que sabia de alguma coisa... Ou era ele, “a coisa” por que Afrodite ficava pianinho perto do homão... Deusão. Sei lá!
Foram felizes para sempre terminando por Afrodite ficar gostando de Psiquê que não dava mole para a sogra, colocava-a para tomar conta dos netos e ia dançar com Eros no canecão... “É, não tinha canecão”. Então, no anfiteatro romano que ficava a apenas duas horas de vôo nas costas do maridão.
Trovador
"PARÓDIA"
Mentirologia de mineiro
Quero deixar claro que a história de psiquê na mitologia grega, é um dos mais belos contos já produzidos na antiguidade e embora não se saiba com exatidão quando surgiu o primeiro relato, ele poderá ser lido em muitos sites de história na rede. A idéia de contar aqui na Grande Imprensa deste meu jeito mineiro e descontraído é apenas para chamar a atenção de quem lê os contos do trovador, para uma história que é linda e de graça na internet. Desculpem o mau jeito “Afinal... é mitologia. E mentira, ganha quem conta a maior”.
“PARÓDIA”
DE
EROS E PSIQUÊ
Existiram numa certa época na Grécia, três moças de tão encantante beleza que o nome dos seus pais, um rei e uma rainha, não aparecem tanto nos relatos sobre a história de Psiquê a importância do conto está só na beleza da moça. Na verdade nem os nomes das duas irmãs aparecem em nenhum relato “que eu li”, delas só se sabe que eram belíssimas e que mais belas que elas, só Psiquê; A irmã mais moça e Afrodite a deusa, o eram.
Acontece que “Psiquê” era tão bela que a rapaziada grega começou a dar a ela uma importância maior que a própria Afrodite, aliás, ela passou a ser considerada a deusa. Os moçoilos gregos estavam acreditando ter ela resolvido dar uma colher de chá e encarnar no corpo de uma mortal para dar uma experimentada nos meninos gregos, por que os deuses estavam velhos e todos eles só funcionando na base do viágra. Claro que isto era o sonho da rapaziada, onde já se viu... Uma gata que nem Afrodite ia dar mole para aqueles caboclinhos tostados de sol com cor de frango assado, de jeito nenhum, deusas só para deuses, velhos ou não.
Mas, boatos que tem comida de graça é que nem fogo de morro acima, espalha numa rapidez impressionante. Foi assim: em poucos dias os templos dedicados à deusa e antes muitos freqüentados, ficaram no maior abandono. Quem morava lá eram baratas, morcegos e os que estivessem a fim de fazer um vem cá meu bem que eu tô precisando e estava sem grana para pagar o motel, estes se desapertava por ali, no mais era igual maracanã em fim de ano, maior abandono.
Afrodite vendo aquele descaso ficou “p” da vida com Psiquê, e mulher com ciúmes sai de baixo. Mandou chamar Eros, seu filho, fez um rango caprichado para agradar o deus cupido e aí depois da sobremesa que o caboclinho mais gostava e era pudim de chocolate, fez o pedido. “É que deuses, mesmo sendo de mães, não vão recebendo todas as ordens têm que adoçar primeiro”. – Meu filhote: tem uma moça lá na terra metida à bela e está fazendo uma afronta à sua mamãe. Quero que meta uma flecha nela com feitiço para ela se apaixonar pelo primeiro vagabundo que ela ver quando acordar, ah vê se consegue um cabra bem magrinho e do pinto pequeno que é para sacanear mais.
Eros, era um moleque travesso e já gostava do que não presta, passou a mão no arco, preparou umas flechas no capricho e partiu para cumprir a missão. Entrou no quarto da moçoila casadoira e se preparou para espetar a flecha na bunda da menina. Mas, estava fazendo calor, a moça se virou na cama e aí o caboclinho viu o quanto à garota era linda. Donzelo ainda começou numa tremedeira, se enrolou todo e em vez de espetar a moça, espetou sua mão e ficou apaixonado pela beleza de Psiquê.
O rapazinho ficou apertado, morrendo de medo por que os deuses quando recebem uma missão e não fazem direito, dizem que apanham para cacete, um amigo meu, Jornalista lá da Bahia me contou que o castigo nestes casos, é um banho de tapioca bem docinho no caboclo peladão, e depois colocam o cabra em cima de um formigueiro de viúvas vermelhas e pode até não ter sido o caboclo quem fez a arte, que em cinco minutos ele confessa. Fui eu pode me prender, eu recebi o primeiro mensalão, sou o maior vampiro da máfia das sanguessugas, fui eu que carreguei dinheiro na cueca.
Gente o que meu amigo jornalista da Bahia tem a ver com Psiquê? Desculpe companheiro, falha nossa. Mas mesmo com medo o tesão falou mais alto e o rapaz espetou a moça com outra flecha, com um encanto que dai por diante, ela só poderia se casar com um dos deuses. O moleque era esperto, deuses solteiros só tinham ele e Apolo - Apolo estava noivando e muito apaixonado, então a gata ia ficar com quem? Com ele, claro!
Bem depois de resolvido este problema foi enfrentar a mamãe Afrodite, que só não matou o infeliz, por que o pai de Eros era uma fera, mas meteu um feitiço no menino, que era para ele sempre ter aquela cara de menino de dezessete anos, gente, querem pior castigo do que este? O pobre Eros morria de vergonha, deixava uns pelinhos crescer para ver se ficava mais com cara de homem, virava gozação de todo mundo, coitado era motivo de chacota de todas as deusinhas do Olimpo.
Afrodite por uns tempos esqueceu-se de Psiquê, mas na terra as coisas não paravam, o pai da menina achava muito estranho, que ela sendo mais linda que as irmãs, não tivesse se casado ainda, coisa que as irmãs já tinham feito à muito tempo, e olhe... Casaram-se bem! Com maridos ricos, com títulos de reis, enquanto que a pobre Psiquê, estava ficando para titia.
Eros cada dia mais apaixonado, ficava pelos cantos do olimpo triste e choramingando, eu quero Psiquê e as deusinhas perguntavam: pra que, não está vendo as meninas, lindas deusas do olimpo e a fim de dar para você? Mas ele chorava, eu quero é Psiquê, ô Psiquêzinha do meu coração cadê você? Venha para mim meu denguinho, eu to muito afim, estou precisando de você.
Como não aparecia pretendentes e a moça estava ficando velha, já estava perto de completar dezesseis anos. O pai resolveu apelar e foi até um oráculo famoso, tentar saber os motivos do desinteresse dos homens por Psiquê, “oráculo para quem não sabe, é como se fosse a mãe Diná adivinhava tudo”.
O oráculo depois de receber adiantado. Previsão já viu... “Se falhar o freguês não paga nem com oração de são Marco da orelha aparada”. Mas, rei tem dinheiro sobrando nem liga para mixaria, pagou e recebeu a oraculação. - Sua filha está condenada a se casar com o deus monstro que habita o penhasco tenebroso, deve levá-la a uma determinada colina onde uma serpente alada irá desposá-la, ela deverá ir vestida de noiva e ser deixada perto de um penhasco.
Acontece que Eros e Apolo eram amigões, e o oráculo que fez as previsões era justamente um cupincha do Apolo, ele aconselhou o rei fazendo exatamente o que mandara Apolo atendendo ao pedido do amigo. O rei ainda ficou alguns dias aguardando, mas por fim, a própria Psiquê que já estava com a perseguida coçando de vontade de partir para os finalmente, pediu ao pai para obedecer às ordens do oráculo e fazer logo o casamento, com a cobra peçonhenta. O lance da menina era uma cobra, com asas ou sem asas.
Foi assim que num sábado ensolarado o cortejo partiu e subiu a tal colina deixando lá à linda Psiquê abandonada. Sem mais nada para fazer, deitou e puxou a palha e foi aí que Zéfiro outro sacana amigo de Eros a encontrou e só não deu uns amassos na menina, por que se Eros fica sabendo ele levava flecha no traseiro. Carregou a menina e a deixou perto de um castelo e quando acordou, ela se viu cercada de vozes de seres invisíveis que diziam serem criados do seu dito cujo noivo e que ela deveria entrar e tomar um banho, pois ali seria sua nova casa. “Bem, numa destas até eu ia querer ser criado do castelo e ajudar a noiva a se esfregar”.
Tomado o banho, jantou e perguntou para os criados invisíveis aonde iria dormir, os criados acompanharam-na e ela colocou sua camisola de rendas transparentes, calcinha azul fusquinha, sutiã de rendas chinesa, batom básico, perfume júbt, deitou-se as luzes se apagaram, ela pensou... Só me resta dormir e se virou para o canto da cama disposta a cair nos braços de Morfeu.
Neste momento alguém se deitou ao seu lado, era um corpo cálido e perfumado, sentiu músculos rijos encostando-se a ela, braços fortes rodeando sua cintura, boca de hálito cheirando a folha de eucalipto, que a beijou com sofreguidão e a garota que estava com sede, bebeu daquela água como se fosse o vinho mais saboroso, à noite inteira ela se lambuzou e lambuzou e lambeu e foi lambida, comeu e foi comida, Imagine... Eros deixar para Morfeu é ruim heim.
E dai por diante, Psiquê foi feliz e de tão feliz... Não via a hora do sol se por para correndo deitar-se e ficar esperando o corpo chegar, e o corpo não falhava, todo dia mal o sol se punha, lá estava o cabritinho. Claro, “com dezessete anos todo garoto é um cabritinho”, eu? Fui! É faz tempo, muito tempo, mas fui! Hoje eu brinco ainda, mas bode velho brinca bem menos. Agora Eros, era uma fera! E deuses são bem feitinhos, quando sai alguma coisa errada o pai com todo poder que possui aponta o dedo indicador e zás, conserta na hora e Eros além de tudo enxergava colorido, tinha olhos azuis.
Mas, “quanto mais se tem, mais se quer” Eros tinha recomendado à Psiquê não tentar nunca ver seu rosto, pois aí o caldo ia engrossar. A jovem mulher ao invés de ficar na dela, não. Tanto atazanou a Eros, que ele acedeu aos seus caprichos e mandou Zéfiro buscar as irmãs de Psiquê para uma visitinha rápida. Zéfiro aproveitou e trouxe logo todo mundo, sogro, sogra, genro sobrinhos que vendo as riquezas da parenta, mulher de um monstro, resolveram dar uns conselhos para a garota. As irmãs instruídas por todos, “encheram a cabeça da menina!”
Aqui Psiquê... Você está sendo é besta, esta fera está é engordando você para quando estiver no ponto, ele te come e adeusinho para minha irmãzinha. Pense bem, deixa um lamparina de azeite debaixo do colchão e uma caixa de fósforos... “Será que tinha fósforo naquele tempo? Se não tinha, é mitolo-mentira mesmo”! Leve um punhal se for uma serpente, corte a cabeça do bicho e pronto. Depois nós vamos vir morar com você neste castelo, e com todas estas riquezas é só comprar uma meia dúzia de maridos e viver tranqüila e fazendo festa.
Psiquê relutou bastante, mas deu uma olhadinha nos pneuzinho na cintura, a barriga um pouquinho saliente, pensou... É minhas irmãs têm razão, vou ser comida de serpente se não der um jeito de matá-la antes. Preparou tudo e esperou a noite, depois de brincar bastante com a cobra, quero dizer com a cobra do Eros, pronto enrolou... Brincou de vem cá meu bem, pronto! Eros cansado do rala e rola eu em cima você em baixo, você na ponta eu nos pés, dormiu como um bebê e foi aí que na maior calma, Psiquê pensando não sei o quê, se danou.
Quando ela ascendeu à lamparina e viu o pedaço de mau caminho que era o tal monstro, um gato de dezessete anos branquinho, queimado de sol, um par asas que lhe dava o maior charme, ficou toda atrapalhada e na pressa de tentar consertar o mal feito, derramou azeite fervente no braço do caboclo que acordou e virou bicho. Já voou pela janela e disse: Ó mulher ingrata, traíste-me e agora vai voltar a viver com seus pais. Adeus vou para o boteco tomar umas e curar minha dor de cotovelos, Psiquê gritava não vá amado, volte, eu dou aquilo que você me pediu ontem, dou tudo, volte querido, mas... Eros se foi, ela cansada, sem esperanças e amaldiçoando as irmãs dormiu.
No outro dia ao acordar, a surpresa. Tudo havia desaparecido, ela acordou perto do castelo do seu pai, e com a maior vergonha por ser uma mulher largada... Por que, está errado? Largada do marido! E mulher naquele tempo largada do marido, morria de vergonha. Dai em diante foi morar de novo no castelo do rei seu pai, uma pobreza, um mau cheiro de penico sem lavar, os colchões mijados, não tinha criado nem invisível e nem visível, maior titica, aí que ela viu a caca que tinha feito, mas era tarde pra chorar.
Viveu um ano naquele mizerê, mas como era uma caboclinha resolvida um dia foi e pediu ao pai que a levasse no tal oráculo, e o pai que não estava gostando nada de ter uma filha largada pelo marido em casa, gente... “Era um fuxico que não parava mais”, resolveu e levou a filha ao oráculo. O adivinho era o mesmo da outra vez, após receber a grana oráculou: O único meio de você, consertar essa cagada, é ir procurar Afrodite e se humilhar reconhecendo que ela é mais bela do que você, sem alternativa, ela foi.
Claro que o raizeiro estava fazendo o que Eros mandara, mesmo que não fosse a moça iria procurar a deusa. Estava disposta a recuperar sua pretensa cobra, que agora ela sabia ser um pinto... Também não é preciso esculhambar o moço, só por que tinha asas vai chamando de pinto? Assim Psiquê foi até Afrodite e recebida com o maior desprezo pela deusa que antes de dizer qualquer coisa, deu uma boa examinada na menina e viu o quanto ela era bonita, mas quem disse que mulher admite que a outra seja mais bela, nana nina. Encheu a moça de defeitos, que isso, a bunda dela não é nem tão arrebitada assim, uns seios médios e o cabelo horrível, unhas cheias de cutículas que roupa descombinada credo, e a sandálias nem é couro, imitação de plástico e ruim.
Depois resolveu, já que a moça se abaixou para ela. Disse – Está certo, mas você vai ter que passar por três provas que eu vou lhe dar, aí ficou fácil, o Eros que não estava podendo voar, pois seu castigo tinha sido este, a mamãe mandou cortar as asinhas do cabrito e ele ficou de molho, mas, conseguiu ajudar Psiquê. Mandando os bichos seus amigos fazerem as tarefas.
Afrodite até percebeu, que o caboclinho estava ajudando e só por isto ainda inventou mais uma prova, mas já sabendo que ela ia fazer ajudada por Eros. Meio a contra gosto, perdoou Psiquê, porém, não queria dar a permissão para o casamento. Aí Eros foi até Júpiter, que gostava dele como um filho. Não sei... “Se Jupter era o pai, estava na escondida”. Sei que Júpiter foi até Afrodite e depois de algumas palavras o gigante saiu e falou para Eros: - Pode se casar com a moça, mas, antes tome esta ambrósia e este néctar, assim se tornará também uma deusa, e como deusa Afrodite irá aceita-la sem reclamações, falou e deu uma olhadinha para a deusa, como a dizer: - fique na sua Frofró, seu rabinho está preso comigo.
Afrodite ficou meio sem graça, ser sogra era uma merda, mas o grandão era poderoso e acho que sabia de alguma coisa... Ou era ele, “a coisa” por que Afrodite ficava pianinho perto do homão... Deusão. Sei lá!
Foram felizes para sempre terminando por Afrodite ficar gostando de Psiquê que não dava mole para a sogra, colocava-a para tomar conta dos netos e ia dançar com Eros no canecão... “É, não tinha canecão”. Então, no anfiteatro romano que ficava a apenas duas horas de vôo nas costas do maridão.
Trovador