QUE PESCARIA! QUASE UM MASSACRE!

E, então, Marquinhos, filho de um antigo pescador estava a contar, para o amigo, sobre as pescarias do pai:

- Sabe Roberto! Meu pai era pescador e caçador de mão cheia. Certa vez, numa de suas pescarias, ele puxou tão forte a vara pra tirar da água um peixe de três quilos, bem no momento em que passava voando um Falcão. Moço! A puxada foi tão forte que derrubou o Falcão em pleno voo. E, então chega ele em casa todo garboso com um peixão para almoço e uma ave pro jantar.

- Marquinhos! Parece que você esqueceu que meu pai era amigo de seu pai! O meu pai contou essa história pra mim. Mas contou inteirinha!

- Como assim, Roberto? Interrogou Marquinhos.

- Como assim! Essa pescaria foi quase um massacre! No momento em que o peixão e o falcão estavam caindo no capinzal, estava a passando uma onça pintada. E, é verdade! A puxada da vara foi tão forte... E, não deu outra! A força da puxada, o peso do peixe e do falcão... A coitada da onça não aguentou o baque! Ficou estendida!

- E, você percebeu Roberto! Meu pai não gosta de se exibir! Essa parte ele não contou pra mim.

- Pois, é! Né Marquinhos! Com certeza, ele também não contou pra você que foi com as fibras da sola da pata dessa onça que foi fabricado o primeiro protetor de ouvido.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 18/05/2012
Reeditado em 18/05/2012
Código do texto: T3674162
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