DE COMO ESPERTÂNIO DECIFRA ENÍGMAS

 
          O Reino de Maracangaia faz limítrofe com o Reino de Gorobixaba; e seu rei tem uma linda filha, a qual seu pai, quer casá-la. Mas os pretendentes são tantos e cada um mais ganancioso e interesseiro do que o outro, que o soberano resolveu fazer um teste com cada um.
        Aquele que conseguisse responder corretamente os enigmas, os quais ninguém conhecia; que o rei proporia, se casaria com a princesa. Sendo que o repique dos sinos anunciaria tal fato.
         Mas havia um senão... Se não respondesse certo o pretendente seria decapitado diante do trono.
          Depois de muitos infelizes e idiotas mortos, ESPERTÂNIO resolveu se apresentar para decifrar os enigmas. Lá na concepção dele não tinha nada a perder, até pelo contrário, sua vida não valia nada mesmo, talvez dali para frente às coisas mudassem, já que a princesa valia qualquer sacrifício.
         ESPERTÂNIO entrou na câmara do trono com apenas um podão na cintura e um pão velho e seco no bolso. Fecharam a porta atrás dele.
Depois de trinta segundos repicam os sinos e ESPERTÂNIO sai sorridente.
         Abismados com o acontecido um dos puxa saco do rei o interpela:
         - Mas majestade o que o senhor perguntou ao rapaz?
       O rei expôs seu enigma e as resposta de ESPERTÂNIO: “Eu mostrei a ele minha espada que significa a força e o poder do reino; e ele me mostrou o podão que simboliza o trabalho do povo na colheita da seara. Depois eu mostrei a ele uma maçã que simboliza o alimento dos súditos, e ele me mostrou um pão, que na verdade é o alimento da humanidade. Por último eu mostrei a ele um dedo que simboliza um DEUS único e ele me mostrou três dedos, dizendo que na realidade são três em um só: Pai, Filho e Espírito Santo”.
        Na roda dos amigos de ESPERTÂNIO, todos esbabacados de como ele havia saído vivo, um perguntou:
         - Como você respondeu ao rei?
         E ele disse:
      - Foi muito simples: “O rei sacou a espada para me matar e eu saquei meu podão para me defender. O rei pegou uma maçã para comer e eu peguei meu pão velho e seco. Depois o rei me apontou um dedo para enfiar no meu cu e eu separei três dedos e os circulei para mostrar para ele que além de meter eu ainda ia circulá-los dentro do cu dele”.