MULHER SOFRE (teatrinho da vida)
Geraldo tarde da noite regressa a casa todo manguaçado, beúdo fedendo a cachaça, e suor sem lágrimas.
Geraldo deita-se no sofá da sala adormecendo que nem um gambá roncando.
Toda aperreada Marinete, a esposa no quarto, nem com a almofada tapando a cabeça suportava mais as vigorosas roncadas que vinham da sala.
O sofá estremecia como que possuído de torpor maligno… RRZZZ… NHOC…NHOC… RRRZZZ…NHOC…Roncos que nem serra elétrica de madeireiro na transamazônica derrubando árvore.
Do quarto, Marinete farta grita pro seu homem na sala:
… ”Madêêraaa!!!
Geraldo acorda sobressaltado, cai do sofá, e pergunta:
…“Onde?…Onde?”…
Marinete braba diz:
- “É isso aí seu maledeto. Vá tomar banho frio a ver se deixa de roncar! Eu… heim!…Judiação!…Ninguém merece!”
(Cai o pano, e é o fim da roncada).