O feriado prolongado me faz refletir
“Seriedade e pouco riso”,
como diria Vinicius
(de Morais)
Passei a detestar qualquer tipo de feriado. (Deus que me perdoe) Mas..., é verdade! Melhor dizer que resguardar o pecado – se é que isto é pecado.
A questão do detestar é simples e compreensível.
Passei a detestar qualquer tipo de feriado pela simples razão de não trabalhar... Ora, (risos) antes que me chamem de louco justifico que o trabalho me consome, traz-me alegria, criatividade, autoestima, sonhos... (e pensar que os sonhos são consumidos...).
O pensar! Sim. O pensar é que me faz detestar o feriado (qualquer tipo) É que o pensar me faz pensar naquilo que recebo por salário, muito inferior ao que deveria ser pago ao trabalhador que depende de sonhos pra viver! E com o “tiquinho” por remuneração, os sonhos enfraquecem na distância...
Então, esta é a causa do meu detestar o feriado – o pensar no salário (também pudera).
Outro dia quando sacava meu mísero salário (graças a Deus que ainda o tenho), notei que a coisa em vez de expandir, regrediu... E quase, por pouquíssimo, não agredi o caixa (eletrônico).
Em conversa com um amigo, num final de semana – prolongado, aleguei que estava a pensar em desistir de viver... (humorado) “Ora, mas por quê?” O motivo é simples – o salário insuficiente para viver.
Feriado prolongado é coisa pra quem tem “money” sobrando, pra viajar pro sítio com a família, pra outro Estado ou até mesmo pro exterior. Já pra mim que só tenho sonhos (grandes), feriado é refletir..., uma tortura!
Por isso e por mais algumas particularidades, que não vem ao caso, eu detesto feriado prolongado!